Crime

Feminicida foi preso após tentar fugir e revelou onde estava arma do crime

Franco William de Lima Macedo, 32 anos, pulou a janela após perceber a chegada dos policiais civis. Ele confessou ao pai que matou a companheira, Paloma Jenifer Santos Ferreira, 26, e indicou à polícia o esconderijo da arma usada no crime

O suspeito de matar a namorada com um tiro no peito na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires -  (crédito: PCDF/Divulgação)
O suspeito de matar a namorada com um tiro no peito na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires - (crédito: PCDF/Divulgação)

Franco William de Lima Macedo, de 32 anos, foi preso na noite desta segunda-feira (30/9) acusado de matar a companheira, Paloma Jenifer Santos Ferreira, de 26 anos. Após o crime, ele fugiu para a casa do pai e, depois de confessar o assassinato, se escondeu na residência de amigos em Taguatinga.

De acordo com o delegado Pablo Aguiar, chefe da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), os investigadores localizaram o suspeito após receberem uma denúncia anônima. O pai de Macedo colaborou com as autoridades, fornecendo informações sobre o crime.

Na casa dos amigos, ao perceber a chegada dos policiais, Macedo tentou escapar. "Ele pulou a janela, mas foi capturado no quintal. Os policiais notaram que ele mancava da perna direita. Acreditamos que, durante a fuga para Taguatinga, ele torceu o tornozelo", explicou o delegado.

Na delegacia, o suspeito afirmou que não tinha a intenção de matar Paloma, alegando que o disparo foi acidental enquanto manuseava a arma. "Nós o confrontamos, pois tínhamos provas de que houve uma discussão antes do crime. Ele se calou e disse que não falaria mais nada, apenas afirmou que amava a vítima e não queria tirar a vida dela. No entanto, acreditamos que o disparo não foi acidental. Em um momento de raiva, ele matou a vítima, que estava indefesa. Foi um crime brutal", detalhou Aguiar durante coletiva de imprensa na noite de segunda-feira (30/9).

Além de ser autuado por feminicídio, Macedo também foi indiciado por tráfico de drogas. Na casa onde ocorreu o crime, os policiais encontraram cocaína e uma balança de precisão, o que indica que ele possivelmente realizava a venda de entorpecentes na região. Os policiais confrontaram o acusado, e ele detalhou que a arma utilizada no crime estava entre dois pneus de um veículo em uma borracharia, localizada no lado da casa dos amigos.  

Paloma não morava com o acusado, mas os dois se encontravam quase diariamente. O casal tem uma filha de quatro anos, que não presenciou o assassinato, pois estava na escola no momento do crime.

O crime

De acordo com a polícia, o casal teria se envolvido em uma discussão antes do ocorrido. O casal tem uma filha de quatro anos, que não presenciou o crime porque estava na escola no momento do assassinato.

O suspeito era condenado por crimes de roubo e porte ilegal de arma. Ele estava em regime domiciliar desde de junho de 2023. Entre as condenações, está uma por assalto ocorrido em 2022, na Colônia Agrícola Vicente Pires.

Segundo o inquérito policial, ele abordou uma mulher que estava em um carro, aproveitando-se de um momento de distração. O crime aconteceu quando a vítima e seu esposo pararam em uma distribuidora de bebidas. O marido da mulher deixou o veículo com a chave na ignição, momento em que Macedo se aproximou. 

Armado com uma faca, ele entrou pela porta do motorista e ordenou à mulher, que estava no banco do passageiro, que saísse do veículo, dizendo repetidamente: "Desce, desce, desce". Após a mulher desembarcar, Macedo fugiu com o carro.

Um policial de folga que passava pelo local presenciou a situação e iniciou uma perseguição, acionando o apoio de uma viatura. Durante a fuga, Macedo retornou ao mesmo local onde havia roubado o veículo e tentou fugir a pé, mas foi capturado pelos agentes.

Na delegacia, Macedo afirmou que "confundiu o seu carro com o da vítima", alegando que não havia ameaçado ninguém. Ele também disse estar sob efeito de cocaína no momento do crime e questionou sua sanidade mental. Apesar da defesa, foi condenado pelo roubo.

Saiba como pedir ajuda

Veja abaixo como e onde pedir ajuda no Distrito Federal em caso de violência doméstica:

- Ligue 190: Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Uma viatura é enviada imediatamente até o local. Serviço disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.

- Ligue 197: Polícia Civil do DF (PCDF).

E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br

WhatsApp: (61) 98626-1197

Site: www.pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher

- Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, canal da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. Serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, além de reclamações, sugestões e elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A denúncia pode ser feita de forma anônima, 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.

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postado em 30/09/2024 23:07
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