Crime

Saiba qual é a facção aliada ao PCC que tentou resgatar presos em Goiás

Uma pessoa está foragida. De acordo com a polícia, a ordem era "meter bala na cara dos policiais"

A operação contou com o apoio de policiais penais de Goiás  -  (crédito: PF / Divulgação)
A operação contou com o apoio de policiais penais de Goiás - (crédito: PF / Divulgação)

Integrantes da facção criminosa Amigos do Estado (ADE) foram alvos de uma operação coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Goiás (FICCO/Goiás), na manhã desta sexta-feira (27/9). Fundada em 2018, em Anápolis, a ADE é aliada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), considerada a maior facção criminosa do país.

De acordo com a polícia, dois membros do grupo tentaram resgatar presos de um presídio em Corumbá de Goiás, em novembro do ano passado, enquanto os detentos estavam em atendimento médico. A tentativa, no entanto, foi frustrada.

A operação contou com o apoio de policiais penais de Goiás e resultou no cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão, além de 12 mandados de prisão preventiva em Ceilândia (DF), Brasília (DF), Pirenópolis (GO), Cocalzinho de Goiás (GO), Goiânia (GO), Corumbá de Goiás (GO), Alexânia (GO), Anápolis (GO) e Campo Grande (MS). Um suspeito permanece foragido.

Modus operandi

Segundo o delegado Bruno Zane, responsável pelo caso, os criminosos que participaram da tentativa de resgate deixaram rastros, como aparelhos celulares, que possibilitaram a identificação dos envolvidos. As conversas extraídas dos celulares revelaram que, se houvesse resistência policial, os criminosos planejavam atirar. “Eles chegaram a comentar que, se houvesse reação, era para 'meter bala na cara dos policiais'. Essas informações estão todas nos autos”, afirmou o delegado.

Ainda de acordo com a polícia, a ADE estava envolvida no tráfico de drogas em diversas regiões. “Em Goiás, especialmente nas áreas de Pirenópolis e Corumbá de Goiás, o grupo atuava no tráfico, com conexões também em Mato Grosso do Sul e Brasília, onde armazenavam e distribuíam as drogas”, explicou Zane. Apesar das menções ao uso de armas de fogo nas conversas interceptadas, até o momento nenhuma arma foi apreendida.

O delegado também destacou o histórico criminal dos envolvidos. “Muitos já tinham passagens por homicídio, roubo e tráfico de drogas. Eles demonstravam não temer a atuação policial, mas hoje mostramos que o Estado é mais forte”, afirmou.

A operação foi batizada de Exitus, em referência ao trabalho conjunto das forças de segurança no combate ao crime organizado.

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postado em 27/09/2024 14:59
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