Os principais cuidados com as articulações do joelho e quadril foram explicados pelo ortopedista Isaías Chaves, durante o programa CB.Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira (26/9). Às jornalistas Carmen Souza e Mila Ferreira, o especialista em articulações do quadril e joelho comentou sobre as complicações no quadril advindas do envelhecimento e como fazer a prevenção a doenças ósseas.
“Com o envelhecimento, é natural ocorrer o desgaste nas articulações, tanto do quadril quanto do joelho. As articulações sofrem desgastes no decorrer da vida, que podem evoluir para uma artrose disfuncional: onde o paciente perde a mobilidade, ou artrose mais leve: onde o desgaste não afeta a vida do paciente de maneira contundente. No quadril, o desgaste da articulação e a perda óssea são pontos que acarretam doenças ósseas. É muito comum um idoso sofrer uma queda simples e ter uma fratura no quadril. O importante é entender que a musculatura que está em volta do osso tem que ser bem cuidada e preservada com mobilidade e atividade física para garantir que não tenha tanta dor articular, independentemente de existir artrose ou não”, explica o ortopedista.
Ele destaca que o principal cuidado paliativo articular é a atividade física, fisioterapia, pilates, exercícios de alongamento feitos com aparatos simples, que tendem a reduzir a sobrecarga no joelho e quadril, acabando com as queixas de dores do paciente.
O ortopedista afirmou também que artrose de quadril é uma lesão muito limitante, levando o idoso a deixar de sair de casa pela dor e a não conseguir realizar atividades simples do cotidiano, como cruzar as pernas e amarrar os sapatos. Por muitas vezes, a dor não é grande no quadril, mas sobrecarrega a coluna vertebral e o joelho, causando queda na mobilidade e, consequentemente, na qualidade de vida. Nesses casos, a prótese de quadril (artroplastia) é indicada. "As próteses presentes no mercado atualmente são de excelente qualidade tendo duração de mais 20 anos", ressaltou.
“Antigamente a prótese era utilizada somente para idosos e tinha uma duração menor. Nos dias de hoje, pacientes jovens ativos retornam à prática de esporte por meio da artroplastia. O tenista Andy Murray, por exemplo, fez a prótese nos dois quadris e jogou tênis em alto nível depois da cirurgia. O perfil da cirurgia mudou bastante. É possível tirar um paciente da depressão com a artroplastia, devolvendo a qualidade de vida, trazendo a possibilidade de jogar um futebol ou praticar uma corrida”, esclarece o especialista.
Veja a entrevista completa
*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho
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