Após 15 horas de julgamento, a Justiça do DF condenou a 27 anos e 6 meses de reclusão Cleuson Sousa de Moura Silva. Ele é acusado de tentar matar a ex-companheira a tiros dentro do Hospital São Francisco, em Ceilândia, em 28 de maio do ano passado. A vítima chegou a ficar internada em estado grave por meses, recebeu alta, mas perdeu significativamente as funções de um dos braços e sofre com traumas psicológicos.
O crime teve grande repercussão na época. As imagens do circuito interno de segurança registraram a chegada de Cleuson ao hospital onde a ex-companheira trabalhava. Com uma jaqueta com capuz, ele entrou na unidade correndo, apontou a arma para a mulher, que estava sentada no balcão, e efetuou vários disparos.
Após cometer o crime, o homem fugiu em um carro que foi conduzido por outra pessoa. O agressor foi preso pouco tempo depois, em uma parada de ônibus, no Recanto das Emas.
Sentença
O julgamento de Cleuson ocorreu nesta segunda-feira (23/9), no Tribunal do Júri de Ceilândia. Na denúncia apresentada pelo Ministério Público (MPDFT), promotores ressaltaram o fato de a vítima ter requerido, dias antes do crime, as medidas protetivas contra o autor. Em 5 de maio, Cleuson foi ao hospital e fez um gesto que deu a entender que tinha algo por baixo da blusa.
“Mesmo assim, de modo livre e consciente, podendo agir de modo diverso, no dia 28 de maio de 2023, às 20h57, Cleuson foi novamente ao Hospital São Francisco, direcionou-se à baía [...] e efetuou diversos disparos de arma de fogo, descumprindo, assim, decisão judicial que deferiu medidas protetivas de urgência previstas na Lei 11.340/06”, citou o MPDFT.
A Justiça do DF acatou a denúncia do MP e condenou Cleuson por tentativa de feminicídio, porte ilegal de munição de uso permitido e de arma de fogo. Ele cumprirá a pena em regime fechado.
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