O Podcast do Correio recebeu ontem os curadores da exposição Brasília, a Arte do Planalto, Paulo Herkenhoff e Sara Seilert. A mostra é organizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). O bate-papo foi conduzido pelos jornalistas Nahima Maciel e Severino Francisco.
De acordo com Paulo Herkenhoff, “Brasília se consolida como capital também no plano estético que surgiu como uma obra de arte e antes de surgir ela foi planejada dessa forma. E a exposição trata disso, como ela se tornou uma cidade ativa com seus equipamentos culturais e sistema de arte".
Sobre a articulação dos primeiros artistas de Brasília e os arquitetos da cidade, Paulo conta que, na exposição, existe uma parede apenas para os pioneiros das artes na cidade. “Temos Benjamin Silva que ainda está vivo e com um desenho dos candangos vindo para Brasília em carroças de burros, um diploma que Juscelino conferia aos candangos como construtores de Brasília e marretas que eram usadas como instrumento de trabalho”, adianta.
Por sua vez, Sara Seilert ressalta que o Museu Nacional da República é o maior e mais visitado espaço contemporâneo do centro-oeste. “Essa exposição ter vindo a este local potencializou as narrativas e as atualizaram”, conta. Ela conta que durante a pesquisa de curadoria percebeu que pode perceber e a produção artística muito complexa fora e dentro dos espaços canônicos em Brasília.
Paulo relata que a cara da arte de Brasília é singular. “Várias idades, é algo sem limites de linguagens, de muitas perspectivas, porque no fundo Brasília é cara do Brasil e foi construída pelos Brasileiros, antes dos brasilienses”, conta.
Brasília, a Arte do Planalto será inaugurada nesta quarta-feira (25/9), às 19h, no Museu Nacional da República, e ficará aberta até 24 de novembro. As obras selecionadas são de artistas brasilienses ou de aqueles que, em algum momento da vida, passaram pela capital do país. A exposição conta com 141 artistas e 400 obras. A exposição já ocorreu no Rio de Janeiro e agora vem para Brasília em uma nova configuração. “A primeira versão era denominada Brasília, a arte da democracia e tinha como foco a passagem da capital da república do Rio de Janeiro para Brasília e todos os percalços políticos ocorridos na época”, explica Paulo Herkenhoff.
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