No dia 10 de setembro, o Zoológico de Brasília recebeu três saium-de-coleira resgatados de condições impróprias para a sobrevivência, como áreas desmatadas, com chance de atropelamento e focos de incêndio. Os animais passaram por um processo de reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres, antes de serem encaminhados ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CPB/ICMBio), em Manaus.
Os saium-de-coleira são endêmicos do Amazonas e estão classificados como espécie Criticamente Ameaçada (CR) de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) por conta da perda e da fragmentação de seu habitat natural.
Os três animais resgatados vieram de Manaus para Brasília em um voo da Latam de maneira gratuita, por meio do programa Avião Solidário. Em 13 anos, foram transportados mais de 4,6 mil animais gratuitamente para novos lares de conservação de espécies.
Ao Correio, o Zoológico de Brasília informou que os primatas cumprem uma quarentena e que a instituição divulgará a data do fim do período de adaptação em breve.
Saium-de-coleira
Também conhecido como saium-de-Manaus e saium-de-duas-cores, o saium-de-coleira mede aproximadadamente 30 centímetros de comprimento e costuma pesar entre 450 e 550 gramas.
O animal tem comportamento diurno, com comportamento mais intenso um pouco depois do amanhecer. Normalmente a espécie não é vista no solo, mas costuma se deslocar na vegetação baixa da floresta.
O saium-de-coleira é frutívoro-insetívoro, com tendência à onivoria. Ou seja, sua dieta consiste em frutas, néctar, ovos de aves e pequenos vertebrados.
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