polêmica

Obra de atacadão nos arredores do Mané Garrincha segue suspensa

O Correio foi até o local onde é feita a construção e confirmou que não há movimento de máquinas nem de operários. Concessionária responsável pela gestão da área suspensdeu as obras "até garantir o alinhamento do projeto com os interesses dos cidadãos de Brasília"

Obra causou polêmica entre urbanistas -  (crédito: Letícia Mouhamad/CB/D.A Press)
Obra causou polêmica entre urbanistas - (crédito: Letícia Mouhamad/CB/D.A Press)

Na última sexta-feira (20/9), o governador Ibaneis Rocha (MDB) confirmou, ao Correio, o veto à construção de um empreendimento atacadista nas proximidades do Estádio Mané Garrincha, cuja obra tem gerado polêmica por ferir regras do uso e ocupação do solo e contrastar com a qualidade das edificações que fazem parte do Eixo Monumental. Nesta segunda (23/9), a reportagem foi até o local da construção e constatou que a obra segue paralisada, sem a presença de máquinas e operários. 

O Governo do Distrito Federal (GDF) também decidiu suspender dois alvarás, de 2021 e 2022, que permitiam a construção da obra nos arredores do estádio. O despacho foi assinado pelo secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Marcelo Vaz, endereçado à Central de Aprovação de Projetos (CAP), responsável pela área.

Segundo o documento, o processo foi instaurado com o objetivo de "apurar possíveis irregularidades veiculadas por portais de notícias que relatam a construção de um estabelecimento atacadista no Setor de Recreação Pública Norte (SRPN) – Área A, especificamente na unidade imobiliária onde está localizado o Estádio Nacional Mané Garrincha”. Os alvarás permanecerão suspensos "até que sejam apuradas as características das edificações em construção e a respectiva conformidade com as licenças emitidas".

Diante da decisão do GDF, a concessionária Arena BSB, responsável pela gestão da área, recuou e optou por suspender as obras "até garantir o alinhamento do projeto com os interesses dos cidadãos de Brasília", conforme informou em nota. O local, até antes da publicação do PPCUB, era destinado a edificações voltadas para o esporte, lazer e comércio associado. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu um inquérito para investigar o caso.

À reportagem, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que realizará uma vistoria no empreendimento até terça (24/9), para verificar se a intervenção está de acordo com as etapas previstas no projeto. Era previsto no local um atacadão do grupo Costa.

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postado em 23/09/2024 11:45
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