Investigação

Membro do CV preso em Brasília esquartejou e jogou corpo de rival em rio

Jovito Pereira de Souza, 20 anos, participou de um crime macabro em Mato Grosso e saiu do estado para se esconder em Brasília

Comando Vermelho -  (crédito: Agência Estado/Divulgação)
Comando Vermelho - (crédito: Agência Estado/Divulgação)

O integrante do Comando Vermelho (CV) preso em Brasília, na noite desta quinta-feira (18/9), está envolvido em um crime macabro cometido em novembro de 2022, no estado de Mato Grosso (MT). Jovito Pereira de Souza, 20 anos, estava escondido na capital e foi abordado enquanto tomava cerveja e comia espetinho em uma barraca, na 408 Norte. 

O Correio obteve acesso ao inquérito policial da Delegacia de Polícia de Tapurah (MT) que detalha o homicídio praticado por Jovito e outras três pessoas, incluindo dois adolescentes, contra um integrante da facção rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu na madrugada de 5 de novembro de 2022. 

A vítima, identificada como João Filho da Silva Amaral, vulgo “Negão”, saía de um bar da região acompanhado de ao menos três mulheres. As meninas convenceram o homem a ir até a casa de José Carlos Dias, um dos autores do homicídio. As apurações revelaram que as acompanhantes haviam recebido uma ordem dos assassinos para levar João até a residência. 

Na casa, dois dos autores já aguardavam a chegada do rival, que foi recebido com um tiro no rosto. Segundo as investigações, após o disparo, os faccionados deram início a uma sessão de tortura contra a vítima. João foi esquartejado e, depois, teve as partes do corpo jogadas às margens do córrego Barela, em Tapurah.

Em depoimento, testemunhas próximas à vítima contaram que tinham ciência da morte de João em decorrência do envolvimento dele com a organização criminosa rival. O principal executor do crime foi preso ao ser flagrado transportando um carregamento de 160 tabletes de cloridrato de cocaína, que saiu de Tapurah, e foi interceptado na BR-163, próximo ao município de Jangada, no início de dezembro de 2022. Outros envolvidos no crime foram presos em janeiro de 2023, durante a Operação Discipulus 3. Jovito, por sua vez, foi preso no DF.

Todos os envolvidos no crime, assim como o preso nesta quarta-feira, respondem por homicídio qualificado, associação criminosa e ocultação de cadáver.  

 

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postado em 19/09/2024 17:56
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