As grandes chamas que tomaram conta do Parque Nacional de Brasília nos últimos dois dias estão controladas, mas ainda não foram extintas, conforme assegurou o coronel Pedro Aníbal, comandante operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (17/9). Isso porque há dois focos de incêndio em matas de galeria localizadas na região.
No total, estão sendo empregados 500 militares do Corpo de Bombeiros nos trabalhos no Parque Nacional, com o fim de fazer o rescaldo e a vigilância dos dois locais. "Nossa preocupação é o aumento da temperatura e a diminuição da umidade no decorrer da tarde. Então, vai ser preciso cuidado para esses focos não se propagarem novamente", alertou o coronel. Há, ainda, mil militares de prontidão nos quarteis.
Segundo Aníbal, incêndios em matas de galeria são os mais desafiadores de combater, visto que são subterrâneos e podem atingir até 2 metros abaixo do solo. Assim, é preciso cavar para conseguir controlá-los. Matas de galeria são vegetações mais fechadas que protegem os rios. "É um trabalho árduo e demorado, no qual não é possível ver o fogo, apenas a fumaça saindo de alguns pontos", completou.
Um total de 80 militares trabalharam durante a madrugada e conseguiram combater as maiores linhas de incêndios. Na ocasião, um bombeiro sofreu uma torção no tornozelo, mas passa bem. O órgão possui duas aeronaves de pronto emprego e drones, utilizados para o reconhecimento das áreas em chamas. Caso os incêndios nas matas de galeria se propaguem, corre-se o risco de haver incêndios em áreas preservadas.
As equipes do Corpo de Bombeiros se deslocam por viaturas até os pontos mais próximos dos focos de incêndio e, a partir daí, a pé. Confira o vídeo da entrevista:
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