Uma operação de fiscalização nas garagens da empresa de ônibus Marechal, realizada na manhã desta sexta-feira (13/9), gerou transtornos para os passageiros que dependem do transporte público. A ação, que começou por volta das 6h e durou mais de duas horas, impediu a saída dos veículos nos terminais de Taguatinga Sul e do setor P Sul, que atendem localidades como Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras, Guará, Park Way, Samambaia e Plano Piloto.
No entanto, a liberação total dos ônibus ocorreu após as 9h, o que gerou atrasos consideráveis para quem dependia do transporte nesta manhã. A estudante de farmácia Letícia Soares, 22 anos, expressa sua indignação com a situação ocorrida. “A reação de raiva é inevitável. Não basta todo dia ter um ônibus da Marechal quebrado, você se programa pra sair de casa e não ter ônibus. É o cúmulo do absurdo”, afirma ao Correio.
Muitos passageiros se viram obrigados a buscar alternativas. É o caso de Paulo César, 18, professor de música, que relata o impacto que a paralisação gerou no seu deslocamento. "Cheguei um pouco atrasado por conta dessa situação, principalmente pela esperança dos ônibus voltarem a circular normalmente. Pensei em pedir um carro por aplicativo, mas os preços estavam extremamente caros. Tive que apelar a um conhecido para conseguir ao menos chegar na estação de metrô. Total desrespeito conosco"
Gabriel Veríssimo, 23, que trabalha com suporte em TI, também enfrentou dificuldades para chegar ao trabalho. "Quando notei que a parada estava cheia e não passava nenhuma linha, fiquei revoltado. Já existem poucas linhas onde eu moro, e as que têm ainda não funcionam. Me desloquei de Uber até outra parada, onde os ônibus de outra empresa passavam. Peguei um transporte superlotado e ainda cheguei atrasado no meu serviço. Descaso total", enfatiza.
Em nota, a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob) informa que a operação foi conduzida por auditores fiscais de Transportes Urbanos da Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Transporte (Sufisa), como parte de uma reivindicação por melhores condições salariais. A pasta afirma que está analisando a legalidade da ação e determinou à empresa Marechal que retomasse as operações o mais rápido possível para evitar maiores prejuízos à população.
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