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O ex-deputado distrital Carlos Xavier, conhecido como Adão Xavier (sem partido), deixou o Complexo Penitenciário da Papuda na noite de segunda-feira (10/9) após ficar 6 meses e 22 dias encarcerado por encomendar a morte de um adolescente de 16 anos, em março de 2004.
O processo do ex-parlamentar foi anulado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) nesta segunda-feira (9/9). O recurso da defesa de Adão foi acolhido por maioria dos magistrados, que agora determinaram um novo julgamento do caso pelo Conselho de Sentença do TJDFT. Antes, ele havia sido condenado a 15 anos de prisão.
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o crime teria sido motivado pelo fato de o ex-distrital ter descoberto que o adolescente era amante de sua ex-esposa. A vítima, Ewerton da Rocha Ferreira, foi assassinada e o corpo foi encontrado atrás de uma parada de ônibus no Recanto das Emas.
Cassação
Pouco tempo após o crime, o nome de Carlos Xavier surgiu durante as investigações e, em agosto daquele ano, a Câmara Legislativa (CLDF) decidiu pela cassação do então deputado — o primeiro caso na história da Casa.
O homem contratado para executar o serviço, o capoeirista Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão. As investigações revelaram que Risadinha planejou o assassinato, contratando um adolescente e outro suspeito, Leandro Dias Duarte, que também foi sentenciado a 15 anos de detenção.
Em fevereiro, a coluna Eixo Capital, do Correio Braziliense, já havia apontado a possibilidade de anulação da sentença, o que se confirmou. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Adão Xavier.
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