Uma casa desabou no início da tarde desta quarta-feira (4/9) no Condomínio Três Marias, na Colônia Agrícola Bernardo Sayão, no Guará. O incidente teria ocorrido devido à construção de uma bacia de contenção de água da chuva realizada pela Secretaria de Obras.
“Eu não consegui salvar nada; perdi tudo. Hoje estou na casa da minha sogra”, relata Clarissa Dutra, de 36 anos, proprietária da residência que desabou. Ela conta que foi pega de surpresa ao retornar para casa depois do almoço e encontrar o imóvel destruído. “Comprei essa casa há cinco meses e ela foi construída há um ano. Desde o início da obra da bacia, temos enfrentado vários transtornos. Sempre que mexiam no local, tudo tremia. Ontem, começaram a fazer alguns reforços, e um pedaço de terra próximo à minha casa cedeu, resultando no desabamento”, explica.
Antes do incidente, Clarissa, preocupada, foi até o local da obra e conversou com os responsáveis para verificar a segurança do local. “Os fiscais da obra entraram na minha casa porque havia uma rachadura no muro que me preocupava. Após a saída deles, houve um novo deslizamento de terra, e um deles me pediu para esvaziar a piscina”, conta Clarissa.
Ela também relatou que foi instruída a não permanecer dentro de casa enquanto as máquinas estivessem em operação. Após o desabamento, Clarissa informou que o secretário esteve no local e garantiu que o governo cuidaria de tudo, mas ainda não houve esclarecimentos sobre a situação.
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Explicação
Em nota, a Secretaria de Obras informou que o solo no local da construção de uma lagoa de contenção, no lote 2 do Bernardo Sayão, cedeu. Como resultado, uma casa desabou, a área de lazer de outra residência também colapsou e outras duas casas foram isoladas devido ao risco. Não houve vítimas.
A secretaria acrescentou que a Defesa Civil está no local, que já foi devidamente isolado. “O secretário de Obras, Valter Casimiro, e técnicos da secretaria estão no local realizando uma avaliação das causas do incidente. Lamentamos profundamente o ocorrido e informamos que o Governo do Distrito Federal (GDF) e a empresa responsável pela obra estão oferecendo todo o suporte necessário para reparar os danos estruturais. Reforçamos que todos os prejuízos materiais serão ressarcidos pela construtora. Além disso, a empresa assumirá temporariamente as despesas de aluguel da família afetada até que a situação seja completamente resolvida”, afirmou a secretaria.
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