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Investigado por feminicídio é preso no Itapoã; vítima foi morta a facadas

O suspeito está sendo conduzido à 6ª DP, no Paranoá, onde será ouvido pelas autoridades. Trata-se do 13º caso de feminicídio registrado somente em 2024

Foi preso, na manhã desta segunda-feira (26/8), Ian de Jesus Oliveira, 26 anos, suspeito de matar a facadas a ex-companheira Daíra dos Santos Rodrigues, 22, no domingo (25). Ele foi detido em uma operação conjunta da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Polícia Civil do Goiás (PCGO). 

O suspeito está sendo conduzido à 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, onde será ouvido pelas autoridades. Na ocasião do crime, ocorrido no Itapoã, ele fugiu do local. Trata-se do 13º caso de feminicídio registrado somente em 2024. 

Ao Correio, a delegada-chefe da 6ª DP, Iris Helena, disse que havia medidas protetivas da vítima contra o autor, mas ambos mantinham contato. “Para consumar o crime, o autor foi até a casa da mãe da vítima, arrombou a porta, entrou no quarto da ex, a trancou e matou”, descreveu, ressaltando que a motivação para o crime teria sido “ciúme doentio”.

Medida protetiva

No documento, ao qual o Correio teve acesso, Daíra dos Santos Rodrigues relatou que estava em um relacionamento com o autor havia nove meses e que sofria ameaças e agressões. Ainda de acordo com depoimento da jovem, ela teria registrado o fato apenas uma vez, mas não quis solicitar medida protetiva.

No dia em que solicitou a medida, em 3 de agosto, a vítima relatou que os dois estavam em um bar e, ao chegarem em casa, iniciaram uma discussão por causa de ciúmes da parte de Ian de Jesus. Ela disse que foi xingada de vários nomes obscenos.

Em depoimento, ela disse que Ian a empurrou contra a porta do banheiro logo em seguida aos xingamentos, fazendo com que ela sofresse um corte profundo na mão. Depois disso, ele teria fugido do local.

Por causa do episódio, a juíza Glaucia Barbosa Rizzo, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Paranoá, determinou que Ian se afastasse da casa onde a vítima morava, proibiu o contato com a jovem e com familiares dela, além de determinar que ele ficasse a, no mínimo 300 metros de distância.

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