Ápice Down 2024

Encontro combate desinformação sobre transtorno de espectro autista e Down

Instituto Ápice Down promoveu um evento voltado para discutir direitos das Pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla. Temas abordam os diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e da Trissomia 21, síndrome de Down.

Em comemoração a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, celebrada anualmente, de 21 a 28 de agosto, Brasília foi sede do I Encontro Ápice Down 2024, neste sábado (24/8).

Organizado pelo Instituto Ápice Down, o evento ocorreu no auditório do Iesb, no Campus de Ceilândia, e contou com palestras e rodas de conversa abordando os diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e da Trissomia 21, síndrome de Down. 

Os temas foram diversos, indo desde os cuidados pediátricos, passando pelo desenvolvimento cognitivo e comportamental, até as questões educacionais, de inclusão no mercado de trabalho e sobre os direitos das pessoas com deficiência. 

De acordo com a presidente do Instituto Ápice Down, Janaína Parente, faltando quatro dias para o evento gratuito, foi necessário mudar o local para que fosse possível alocar todos os inscritos, que chegaram a 350. "Isso nos mostra que existe o interesse do público, das famílias, dos profissionais e acadêmicos", comentou. 

Divulgação - Clara Israel, Pedro Arão, Giovanna Pinelli e Matheus Lima

Janaína comemora a grande adesão da sociedade, que vai de encontro a missão do instituto, que é fomentar a informação sobre a síndrome de down e outras deficiências e desmistificar esses diagnósticos. Ela acredita que essas mudanças são decisivas para que possamos construir uma sociedade melhor. 

O intuito do evento é mostrar para a sociedade em geral que os antigos estigmas sobre pessoas com deficiência já não cabem mais e mostrar a potência e a capacidade que essas pessoas têm. 

No talk, além de especialistas das áreas de direito e saúde, pessoas com síndrome de Down e TEA formadas, com empregos consolidados e independência, deram seus depoimentos e palestras. Janaína afirma que esse tipo de exemplo é primordial para as famílias ali presentes, para que os pais e responsáveis entendam as capacidades de seus filhos e não imponham limitações baseadas na falta de informação. "Foi emocionante. Vimos as famílias e profissionais chorando, se emocionando. Trouxemos jovens que atuam em diversas áreas, uma moça estilista, formada em moda, outro que é fotógrafo, outra que trabalha no TST. Eles mostram que tudo é possível", concluiu Janaína. 

O Instituto Ápice Down

O Ápice Down é uma organização voltada para fomentar a equidade, a acessibilidade e a informação clara e simples sobre aspectos da síndrome de Down e seus cuidados. O objetivo principal é promover a qualidade de vida das pessoas com a trissomia 21, lutando contra a discriminação e os estigamas que a síndrome carrega. 

Além disso, em eventos de conscientização e troca de informações como o deste fim de semana, a ONG aborda também outros tipos de deficiência intelectual. 

A ONG estava fechada há cerca de quatro anos e reiniciou suas atividades este ano, sob uma nova gestão e em uma nova sede, no Edifício FAPE, entre a 709 e 909 Sul. Depois da reabertura, a data mais importante para o instituto e para as pessoas assistidas pelas suas atividades foi o encontro que aconteceu no sábado. 

A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla tem eventos por todo o país e os organizadores ressaltam a importância de que o DF também tenha a sua representação na data. 

 


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