TRAGÉDIA

Família morta em incêndio é enterrada sob comoção

Cinco pessoas da mesma família foram enterradas na tarde deste sábado (17/8) no cemitério de Planaltina. Um incêndio em Arapoanga causou a morte de todas e a destruição da casa feita de madeira e lona onde moravam

As vítimas do incêndio ocorrido na última segunda-feira (12/8) em Arapoanga foram enterradas na tarde deste sábado (17/8) no cemitério de Planaltina. São elas a diarista Ione da Conceição, 47 anos; a filha dela, Eulália Narim da Conceição Pereira, de 5 anos; e as netas Sophya Hellena Conceição Costa, 8; Marybella Marinho da Silva, 9; e Kathleen Vitoria da Conceição Silva, 14. O sepultamento aconteceu sob comoção de populares, amigos, parentes e vizinhos, que prestaram homenagem por meio de uma camiseta com a foto das cinco.

As primeiras a serem sepultadas foram Ione e a filha Eulália, que foram enterradas no mesmo jazigo. Na sequência, Kathleen e depois Sophya e Marybella, que também foram enterradas juntas. Os cinco caixões, todos fechados, foram velados embaixo de uma tenda, próxima aos jazigos. Antes do enterro, os presentes prestaram as últimas homenagens com louvores cantados em uníssono e acompanhados por um músico ao violão. Um pastor também esteve presente para orar com a família.

Alguns familiares chegaram a passar mal devido ao calor e às fortes emoções. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que contava com uma ambulância no local, prestou atendimento às pessoas que precisaram, mas não foi necessário o transporte para unidade de saúde.

Maria de Fátima da Silva, tia de Marybella, Sofia e Kathleen, falou com o Correio e comentou sobre a dor de enterrar duas crianças e uma adolescente da mesma família. "Elas são filhas do meu sobrinho. É dolorido demais ver um caixão atrás do outro. Os pais precisaram ser atendidos pelos bombeiros porque não aguentaram tanta dor", relatou. "Não vai ser fácil encarar isso. A mãe presenciou a cena da filha menor e da mãe dela no momento do incêncio e não pôde fazer nada. Ela estava na casa dos fundos", completou. "As meninas eram muito unidas e apegadas com a avó. No dia do incêndio, elas pediram para dormir com ela e a mãe deixou. Com o tempo muito seco e os barracos sendo de lona e madeira, tudo queimou muito rápido", concluiu.

 

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -
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