Investigação

Incêndio que destruiu gráfica no DF foi planejado por ex-funcionário, diz polícia

Fogo que consumiu o estabelecimento ocorreu em 1º de abril. Suspeito alegou a não quitação dos direitos trabalhistas

O incêndio que destruiu uma gráfica em Vicente Pires, em abril de 2024, foi orquestrado por um ex-funcionário do local. O homem, de 62 anos, trabalhou no estabelecimento durante 12 anos e, segundo as investigações da Polícia Civil (PCDF), ele contratou outros dois homens para atear fogo nas dependências da gráfica. Nesta quarta-feira (14/8), o mentor e um dos encarregados do crime foram presos . 

No decorrer das investigações, os policiais civis da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) descobriram que o homem havia se desligado da gráfica por causa de um desentendimento com outro funcionário. À polícia, o criminoso alegou que os direitos trabalhistas não foram quitados pelos antigos empregadores e, por isso, ele entrou na Justiça para receber R$ 100 mil. 

Como forma de se vingar, o suspeito contratou dois homens, de 49 e 36 anos, para incendiar o local.  À época, os bombeiros precisaram de 12 viaturas e um grande efetivo de militares para conter o fogo. As chamas  destruíram o estabelecimento, derrubando estruturas metálicas, aparentemente do teto do local.

“O mentor já havia sido detido em 26 de abril de 2024, durante a primeira fase da operação.  Já o segundo preso tem várias passagens, especialmente relacionadas ao uso de documentos falsos e estelionato”, frisou o delegado-chefe da 38ª DP, Pablo Aguiar. 

Na casa do encarregado, os policiais apreenderam inúmeras carteiras de motorista falsificadas e papéis-moedas em branco, possivelmente destinados à elaboração de CNHs fraudulentas. Ele também responderá por falsificação de documento público.

Os acusados vão responder por incêndio e associação criminosa. Se condenados, poderão pegar até 15 anos de reclusão.

 

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