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Distrital diz que irá defender a manutenção dos vetos ao PPCUB

Paula Belmonte indicou que defenderá a manutenção dos vetos feitos pelo Executivo local. O texto retornará à Câmara Legislativa como parte do rito entre os Poderes

Após a sanção do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) com 63 vetos, o documento agora retorna à Câmara Legislativa (CLDF) para deliberação sobre uma possível derrubada dos vetos. Ao CB.Poder — uma parceria entre o Correio e a TV Brasília — a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) indicou que defenderá a manutenção dos vetos feitos pelo Executivo local.

Aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Samanta Sallum, a parlamentar destacou que, embora tenha apoiado o projeto, votou contra parte das emendas apresentadas pelos deputados. Paula Belmonte afirmou ter conversado com o governador Ibaneis Rocha (MDB) para que o Palácio do Buriti analisasse seis pontos do projeto, que, na opinião dela, deveriam ser vetados.

“Cometi um erro. Deveria ter estudado mais e conversado mais antes de votar a favor do projeto. Meu posicionamento na semana passada (pedido de desculpas durante a eleição da Mesa Diretora) foi pedir desculpas humildemente a toda a sociedade, especialmente aos moradores do Plano Piloto”, explicou a deputada. “Solicitei ao governador seis vetos. Ele atendeu plenamente a cinco deles e, além disso, foi ainda mais rigoroso em outros vetos,” parabenizou Paula.

A parlamentar reforçou que continuará a defender a manutenção dos vetos, apesar da prerrogativa da CLDF de derrubar esses dispositivos. “Já me posicionei diante do governador, afirmando que serei fiel na defesa da manutenção dos vetos,” acrescentou.

Como noticiado anteriormente pelo Correio, o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), declarou que não pretende modificar as alterações feitas pelo Executivo.

PPCUB

O projeto foi aprovado pelos deputados distritais em 19 de junho. O documento sancionado pelo Executivo local contém 782 páginas e 63 vetos, incluindo a proibição de construção de alojamentos nas quadras 700 e 900 das asas Sul e Norte, bem como a elevação do gabarito dos hotéis baixos nos Setores Hoteleiros Norte e Sul, que poderiam passar de três para 12 andares.

Conforme revelado pela coluna Capital S/A, da jornalista Samanta Sallum, o Palácio do Buriti também vetou um artigo que ameaçava as áreas verdes da capital federal. O texto aprovado pelos parlamentares transferia para a Terracap as chamadas “áreas remanescentes da região tombada”.

Assista a entrevista na íntegra

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