INOVAÇÃO

Grupo quer ampliar a oferta de serviços e soluções em tecnologia

Uma das ações do Grupo de Fortalecimento da Tecnologia da Informação do DF (GForTI) será formar mão de obra para o setor, que abre 20 mil vagas por ano e não preenche por falta de pessoal qualificado

As nove principais entidades representativas da tecnologia da informação (TI) do Distrito Federal formarão uma organização única de fomento às atividades do setor, que pretende consolidar a capital como um dos centros de inovação do país. O Grupo de Fortalecimento da Tecnologia da Informação do DF (GForTI) será lançado na próxima quinta-feira, às 19h, na Torre Digital de Brasília. 

A organização surge como resposta a uma demanda antiga. Há décadas, a união das organizações que gerenciam ações de TI no DF vem sendo defendida. Por meio do empreendedorismo tecnológico, o GForTI visa ampliar a oferta de serviços e soluções tecnológicas, gerando mais emprego, renda e arrecadação de impostos — dado que o setor é um dos maiores contribuintes do Imposto Sobre Serviços (ISS) da capital federal. 

"Cerca de 60% dos recursos aplicados no DF são provenientes do repasse do orçamento geral da União. Do ponto de vista do empreendedor, a produção local representa apenas 40%. Nosso objetivo é contribuir para a transformação da matriz econômica e social do DF, visando fortalecer a iniciativa privada e, assim, proporcionar maior autonomia financeira à região", afirma Gilberto Lima Junior, presidente do Instituto Illuminante de Inovação Tecnológica e Impacto Social e coordenador do lançamento do grupo. 

Por ser o centro político do país e a segunda maior capital do mundo em número de representações diplomáticas, com 131 embaixadas, Brasília é um ambiente propício para alavancar novos negócios. "As empresas locais são extremamente competitivas, pois precisam concorrer com as internacionais atraídas pelos altos valores de investimento. Anualmente, as aquisições envolvendo TICs (tecnologia da informação e comunicação) somam R$ 69 bilhões. Por isso, queremos aumentar o número de empresas locais", acrescenta Gilberto. 

Na solenidade de formalização, haverá palestras ministradas pelos representantes de cada uma das instituições-membro. Serão debatidos temas como a importância do DF enquanto articulação política para o contexto tecnológico nacional, consolidação de startups na capital, internacionalização de negócios e marcos regulatórios. 

A expectativa é de que o GForTI, composto por entidades locais e nacionais, esteja operando em outubro. A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do DF (Secti) e do Parque Tecnológico Biotic, vinculado à Terracap, além da Frente de Tecnologia da Câmara Legislativa (CLDF).

Formação

Gilberto explica que uma das principais ações do GForTI será gerar impacto social a partir da criação de um programa amplo de qualificação profissional para jovens aprendizes. "A demanda por profissionais de TI é alta. Anualmente, cerca de 20 mil vagas abertas não são preenchidas devido à falta de mão de obra qualificada", observa o presidente do Instituto Illuminante.

Diante da carência de profissionais a ser suprimida, o dirigente ressalta que o grupo terá a estrutura necessária para formar diferentes perfis de programação, além de analistas e especialistas em inteligência artificial (IA).  

Além do Instituto Illuminante, serão membros do GForTI as seguintes instituições: Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti); Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-DF); Brasil Startups; Centro de Tecnologia de Software de Brasília (Tecsoft); Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro/Nacional); Instituto MultipliCidades; Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei-DF); e Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF).

 

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