Operação Illusion

Facção criminosa da Bahia comprou armas de loja de Ceilândia

Integrantes da organização Bonde do Maluco compraram cerca de 80 armas e munições da empresa de Ceilândia. Um funcionário da loja foi preso por fazer o transporte dos armamentos

Caso do furto de armas da loja Delta Guns, ocorrido em junho, sofreu uma reviravolta -  (crédito: Reprodução/PCDF)
Caso do furto de armas da loja Delta Guns, ocorrido em junho, sofreu uma reviravolta - (crédito: Reprodução/PCDF)

Cerca de 80 armas da loja Delta Guns, em Ceilândia, foram repassadas a integrantes da facção Bonde do Maluco, da Bahia. Nesta quinta-feira (29/8), policiais civis da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) e da DOT/Decor prenderam mais dois envolvidos no comércio irregular dos armamentos. Entre os presos está um funcionário da Delta Guns.

As prisões desta quinta fazem parte de mais um desdobramento da operação Illusion, desencadeada no começo de agosto pela PCDF. O caso do furto de armas da loja Delta Guns ocorrido em junho sofreu uma reviravolta, após a polícia constatar o envolvimento do dono do estabelecimento, Thiago Nunes. Segundo a PCDF, o empresário teria se aproveitado da situação do furto para justificar o desaparecimento de mais de 75 revólveres, pistolas e carabinas e fez uma falsa comunicação de crime.

Com o aprofundamento das investigações, os policiais comprovaram que um dos funcionários da Delta — preso nesta quinta — comercializou, de maneira ilícita, armas e munições para faccionados do Bonde do Maluco, organização criminosa oriunda da Bahia, aliada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e especializada no tráfico de drogas, assaltos, sequestros e assassinatos.

A função do funcionário da Delta foi transportar quase 80 armas e munições para a Bahia. Lá, um segundo homem, também preso nesta quinta, se encarregou de intermediar as vendas para a facção. As prisões foram efetuadas no Recanto das Emas e em Sapeaçu, na Bahia.

Segundo o delegado Tiago Carvalho, as investigações seguem com o intuito específico de identificação, localização e de responsabilização criminal dos compradores finais do armamento que foi vendido de maneira ilícita e que foi transportado do Distrito Federal para a Bahia.

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postado em 29/08/2024 13:16 / atualizado em 29/08/2024 13:17
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