Um advogado do Distrito Federal foi preso nesta terça-feira (27/8) por repassar recados a faccionados do Comando Vermelho (CV). A prisão foi efetuada no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (FICCO/DF).
A investigação durou três meses e começou após policiais penais do DF apreenderem diversos fragmentos de bilhetes que, em conjunto, permitiram indicar indícios da atuação ilegal do autor. Os manuscritos apontavam para uma ligação entre o advogado e faccionados do CV, tanto presos no Complexo Penitenciário da Papuda quanto em liberdade.
Aproveitando-se da função de advogado, o defensor desempenhava tal função, também chamada de “pombo-correio”, função essa em que são transportadas informações e ordens.
Além da prisão temporária de 30 dias, também foi cumprido o mandado de busca e apreensão para colher outros elementos de informação aptos a ratificar a participação do advogado na empreitada criminosa. Na residência dele, a polícia apreendeu inúmeros manuscritos suspeitos, arma de fogo e munições. Em decorrência da posse de munições, foi formalizada a prisão em flagrante.
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Ao final das diligências externas, o detido e objetos apreendidos foram apresentados ao Delegacia de Repressão a Crimes Organizados e Corrupção (Decor/PCDF) para formalização dos procedimentos cabíveis. O uso ilegal das prerrogativas de advogado, observada em alguns casos de âmbito nacional, preocupa pelo grave potencial de abalo à segurança pública, motivo pelo qual o Tribunal de Ética da OAB/DF será oficiado para providências legais.
A FICCO/DF é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Polícia Civil, Polícia Militar e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), tendo como objetivo a integração e cooperação entre os órgãos de segurança pública em ações de prevenção e repressão ao crime organizado e à criminalidade especialmente grave e violenta.
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