Itapoã

Vítima de feminicídio tinha medida protetiva contra autor

Em documento obtido pelo Correio, Daíra dos Santos afirmou que Ian de Jesus a agrediu no início deste mês, durante uma discussão por ciúmes. A jovem foi morta a facadas neste domingo (25/8)

Daíra disse que estava junto com Ian de Jesus há nove meses e que sofria ameaças e agressões -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Daíra disse que estava junto com Ian de Jesus há nove meses e que sofria ameaças e agressões - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Vítima de feminicídio na manhã deste domingo (25/8), no Itapoã, Daíra dos Santos Rodrigues, 22 anos, tinha, desde o início de agosto, uma medida protetiva em vigor contra o autor do crime, Ian de Jesus Oliveira, 26 anos, que está foragido.

No documento, ao qual o Correio teve acesso, a vítima relatou que estava em um relacionamento com o autor há nove meses e que sofria ameaças e agressões. Ainda de acordo com depoimento da jovem, ela teria registrado o fato apenas uma vez, mas não quis solicitar medida protetiva.

No dia em que solicitou a medida, em 3 de agosto, Daíra relatou que os dois estavam em um bar e, ao chegarem em casa, iniciaram uma discussão por causa de ciúmes da parte de Ian de Jesus. Ela disse que foi xingada de vários nomes obscenos.

Ainda de acordo com o documento, a vítima disse que Ian a empurrou contra a porta do banheiro logo em seguida aos xingamentos, fazendo com que ela sofresse um corte profundo na mão. Depois disso, ele teria fugido do local.

Por causa do episódio, a juíza Glaucia Barbosa Rizzo, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Paranoá, determinou que Ian se afastasse da casa onde a vítima morava, proibiu o contato com a jovem e com familiares dela, além de determinar que ele ficasse a, no mínimo 300 metros de distância.

O caso

Daíra dos Santos Rodrigues, 22 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro, Ian de Jesus Oliveira, de 26 anos, no Itapoã. Este é o 13º caso de feminicídio registrado somente em 2024. O crime ocorreu por volta das 7h. Após o ataque, o suspeito fugiu do local e, até o momento, encontra-se foragido.

Ao Correio, a delegada-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Iris Helena, disse que havia medidas protetivas da vítima contra o autor, mas ambos mantinham contato. “Para consumar o crime, o autor foi até a casa da mãe da vítima, arrombou a porta, entrou no quarto da ex, trancou e a matou”, descreveu, ressaltando que a motivação para o crime teria sido “ciúme doentio”.

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postado em 25/08/2024 21:59 / atualizado em 25/08/2024 22:19
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