Tragédia

Mistério no caso de brasiliense morto na Ásia; família busca respostas

Os familiares do morador do Recanto das Emas, Jonathan Lucas, se sentem impotentes diante da morte ainda não esclarecida do brasiliense

Jonatham morreu após ingerir um líquido ainda não identificado. -  (crédito: Redes sociais)
Jonatham morreu após ingerir um líquido ainda não identificado. - (crédito: Redes sociais)

O caso de Jonatham Lucas Araujo de Lima, de 27 anos, morador do Recanto das Emas, que morreu no Aeroporto de Yerevan, capital da Armênia, após ingerir um líquido não identificado, continua envolto em mistério e questionamentos. O Correio conversou com exclusividade com o irmão de Jonatham, que preferiu não se identificar.

O familiar relata que Jonatham embarcou no início de agosto, partindo de Brasília para São Paulo, seguido de Paris, com destino final na Armênia. Seu retorno à capital federal estava previsto para o dia 19 de agosto.

Preocupado com a falta de notícias, o irmão de Jonatham entrou em contato com o Itamaraty no dia 10 de agosto e, no dia 14, recebeu a notícia sobre o falecimento do jovem. "Após isso, procurei o consulado e me informaram que ele havia morrido dentro do aeroporto. Mas a notícia divulgada nos jornais locais dizia que ele chegou ao local com uma garrafa na mão, foi chamado para uma entrevista e, depois disso, saiu de lá desacordado", relata o irmão.

Os familiares de Jonatham se sentem impotentes diante da situação, sem saber ao certo o que aconteceu. "A família não sabe em que estado está o corpo de Jonathan. E se não tivéssemos corrido atrás de informações, teríamos descoberto o ocorrido apenas por meio de um jornal local. O consulado não consegue resolver a situação, estamos de mãos atadas. Queremos que tudo seja mais esclarecido", desabafa o familiar. “Um cara de coração muito bom, tranquilo e de bem com a vida”, descreve o irmão.

O corpo de Jonathan e seus pertences ainda permanecem na Armênia. O Correio entrou em contato com o Itamaraty, que afirmou estar acompanhando o caso. Veja a nota oficial:

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Ierevan, acompanha o caso, em contato com as autoridades locais e com a família do brasileiro, a quem tem sido prestada a assistência consular devida.

Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais.

O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.

Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.”

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postado em 22/08/2024 13:37 / atualizado em 22/08/2024 13:54
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