OPERAÇÃO

Operação Panaceia: MPDFT investiga vazamento de dados de pacientes

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em São Paulo para esclarecer extorsão contra pacientes com HIV

 2024. Eixo Capital. Clayton Germano, Promotor de Justiça do MPDFT. Titular da Segunda Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PROSUS) -  (crédito:  Divulgação)
2024. Eixo Capital. Clayton Germano, Promotor de Justiça do MPDFT. Titular da Segunda Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PROSUS) - (crédito: Divulgação)

A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) obteve três mandados de busca e apreensão em uma investigação que apura crimes de extorsão contra pacientes da Secretaria de Saúde portadores do vírus HIV. Na quarta-feira passada (14/8), os mandados foram executados, resultando na apreensão de dispositivos eletrônicos e outras provas em residências e estabelecimentos comerciais no Estado de São Paulo.

Um dia antes aos mandatos serem feitos, a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da PCDF (DRCC) iniciou a operação interestadual “Panaceia”, com o objetivo de investigar cibercriminosos que supostamente invadiam bancos de dados hospitalares e governamentais para obter listas de pessoas que testaram positivo para o vírus HIV. Os criminosos exigiam valores em troca de não divulgar essas informações para familiares, colegas de trabalho e amigos na internet.

Após a invasão de dispositivos informáticos e o acesso a dados médicos sigilosos de pessoas com AIDS, vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), o grupo de criminosos passava a extorquir as vítimas por meio de um terminal telefônico holandês. Exigiam a transferência de valores em criptomoedas (Ethereum), ameaçando publicar a condição de portador do vírus HIV nas redes sociais caso não fossem pagos.

O promotor de justiça Clayton Germano aconselha as vítimas de extorsão a não cederem às exigências dos criminosos, que frequentemente demandam dinheiro, favores ou outros bens. “A extorsão nunca cessa, só aumenta. As vítimas devem guardar provas como mensagens, bilhetes e telefones de contato e procurar o Ministério Público”, explicou. Ele também pede que as vítimas que já pagaram algum tipo de extorsão forneçam ao MPDFT detalhes sobre o pagamento, mensagens e formas de comunicação usadas pelos criminosos, além de outras informações relevantes para a investigação.

A 2ª Prosus iniciou este procedimento em junho, após ser procurada por duas vítimas, pacientes do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que relataram terem sido extorquidas por criminosos que possuíam seus dados pessoais e de diagnóstico.

*Com informações da MPDFT

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postado em 19/08/2024 20:44
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