Apontado como o líder do bando que invadiu a loja de armas Delta Guns, em Ceilândia, Thiago Braga Martins fugiu do Distrito Federal logo após o crime em direção a Palmas. Na capital de Tocantins, foi preso no começo de julho por invadir e arrombar o cofre de uma joalheria localizada no centro da cidade.
Thiago Braga, uma mulher por nome de Layane Batista da Costa, um empresário dono de bar e um idoso chamado Evandro Sabino foram identificados pela Polícia Civil como sendo os responsáveis por invadir a loja de materiais bélicos em Ceilândia, entre 8 e 9 de junho. Todos estão presos preventivamente e confessaram o crime.
A polícia prendeu todas as quatro pessoas ao longo de um mês. Thiago já estava preso em Palmas pela participação em outro furto. Dessa vez, na companhia de um homem, ele invadiu uma joalheria no centro da cidade, mas os dois foram pegos minutos depois pela Polícia Militar local. No momento em que embalava os objetos de valor, perceberam a chegada dos militares e tentaram fugir por um lote baldio. No entanto, foram alcançados.
De acordo com a PM de Tocantins, Thiago e o comparsa estavam em Palmas há cerca de 30 dias e integravam uma quadrilha especializada em furtos e roubos e pretendiam revender as joias. Com os dois, foram apreendidos celular, alicate, bonés, balaclava e mais de R$ 1 mil.
Depoimento
O depoimento de Thiago prestado à PCDF foi crucial para uma reviravolta nas investigações. O criminoso confessou ter invadido a Delta Guns, mas disse que, ao entrar no cofre, se deparou com ele vazio e saiu sem levar nada.
À polícia, Thiago disse que, ao entrar no cofre das armas, não encontrou nenhuma pistola, revólver ou carabina e saiu de mãos vazias. A partir dessa declaração, os policiais passaram a investigar a veracidade da denúncia oferecida por Tiago Nunes, dono da Delta Guns e preso por fraude processual (ato de modificar intencionalmente dados de processo, com intuito de levar juiz ou perito a erro). A suspeita é que ele tenha notificado o crime falsamente e usado do furto para “justificar” o desaparecimento das 76 armas.
Thiago Nunes, dono da Delta, foi preso, inicialmente, temporariamente, mas a prisão dele foi convertida em preventiva pela Justiça. O delegado à frente do caso, Tiago Carvalho, afirma que o próximo passo a ser esclarecido é saber se de fato o bando levou armas entre 8 e 9 de junho ou se Tiago Nunes usou do furto para justificar o desaparecimento dos 76 armamentos.
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