Desde a manhã de segunda-feira (12/8), um incêndio consome propriedades na área do Lago Oeste e segue se espalhando até a noite desta terça-feira (13/8). Residentes do local estão assustados com a proporção e alastramento das chamas.
A moradora da Rua 18 Aline Nolasco, 39 anos, relatou que as chamas chegaram à propriedade onde ela vive com o marido, Aurian Rojar, 34 anos, e o filho de 3 anos, na tarde de ontem. Apesar de os incêndios terem sido inicialmente contidos, as chamas voltaram a surgir durante a noite e toda a madrugada. "O fogo chegou a ficar a cerca de 3 metros da casa, mas tivemos sorte de o vento estar a nosso favor", contou Aline.
A moradora suspeita que o início do incêndio teve causa criminosa. "Uma pessoa, na rua 17, estava botando fogo na chácara. Um brigadista, Fernão, foi lá falar com ele, que respondeu que 'sabia o que estava fazendo'. O pessoal do ICMBio foi lá e acabou recebido por facões. O fogo foi se alastrando, já queimou pelo menos 20 chácaras e não parou ainda. Está indo rumo à Cafuringa", relatou Aline.
Saiba quem são as vítimas do incêndio em Arapoanga
Prédio é evacuado após apartamento pegar fogo no Riacho Fundo II
Ela acrescenta que o fogo continua destruindo outras propriedades na região, localizada próxima ao Parque Nacional de Brasília (Água Mineral), resultando na perda de plantações e na morte de animais. "Aqui é uma área de brejo, mata nativa e locais sensíveis de preservação", explicou. "Estimo que cerca de 70% da chácara em que moro foi queimada", observou.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBDF), o combate ao incêndio é difícil devido ao relevo, ao vento e ao acesso limitado. Por isso, a corporação teve que empregar uma aeronave. "O fogo foi extinto, mas houve reinício das chamas", informaram os bombeiros.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br