C.B PODER

"Redes sociais abertas contribuem para o stalking", diz Jane Klebia

Durante a conversa, a deputada distrital enfatizou o novo compromisso à frente da Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara Legislativa e o que tem sido feito para combater os crimes de perseguição

Distrital Jane Klebia (MDB-DF) no CB.Poder -  (crédito: ED ALVES )
Distrital Jane Klebia (MDB-DF) no CB.Poder - (crédito: ED ALVES )

O combate ao crime de stalking foi um dos temas abordados pela deputada distrital Jane Klebia (MDB-DF), futura presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara Legislativa, durante o CB.Poder desta segunda-feira (12/8). A entrevista foi conduzida pelas jornalistas Samanta Sallum e Adriana Bernardes.

Jane Klebia descreveu a criação da Comissão dos Direitos da Mulher como um novo desafio importante. “Quando era delegada, minha atuação era focada na defesa das mulheres, e trouxe essa ênfase para o meu mandato. A criação e presidência dessa comissão é crucial para intensificar o debate sobre políticas específicas para as mulheres. Desde o início, lutei por isso”, explica. “Outros estados já tinham comissões semelhantes, e era essencial que Brasília também a tivesse para abordar as questões de forma mais específica e alinhada aos interesses das mulheres.”

Sobre o crime de stalking, que preocupa a população do Distrito Federal, a deputada afirmou que as redes sociais facilitam a localização das pessoas. “Nas investigações, frequentemente encontramos informações nas redes sociais, pois muitos compartilham dados pessoais como endereços e contatos. Isso permite que o stalking ocorra, já que criminosos utilizam essas informações para perseguir suas vítimas”, alerta Jane. "Esse é um crime típico da era digital. Embora existisse antes, era mais difícil, muitas vezes exigindo a contratação de um investigador particular. Hoje, a internet facilita essa pesquisa", acrescenta a deputada.

A respeito do aumento nos números de denúncias de stalking, Jane defende que as mulheres têm mais coragem de denunciar e procurar ajuda. “O número de registros chegou a 19 mil até o final do ano passado, e isso foi comemorado, não como sendo um aumento na  violência, mas sim um aumento nas denúncias. Quanto mais as políticas públicas estiverem à disposição das mulheres, elas vão confiar que é possível buscar ajuda e que vão conseguir receber.” 

Veja a entrevista na íntegra: 

 

 

 

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postado em 12/08/2024 16:41 / atualizado em 12/08/2024 16:44
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