A fornalha de um cachimbo indígena foi furtado da exposição BioOCAnomia Amazônica, no Sesi Lab. O item, emprestado ao espaço cultural pela Subsecretaria de Patrimônio Cultural (SUPAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), fazia parte do acervo do Memorial dos Povos Indígenas desde 1999.
O objeto, de 5 cm de comprimento, é um bem cultural indígena do povo Tapajó. “Ele veio de uma coleção do Eduardo Galvão, um antropólogo importante que o coletou por meio de seus estudos”, conta Felipe Ramón, subsecretário de Patrimônio Cultural. Até então, o objeto nunca havia sido emprestado.
De acordo com o subsecretário, o empréstimo foi feito mediante processos de segurança padrão, como pagamento de seguro e exigência de câmera e segurança no local. “É feita uma análise rigorosa antes de fazer o empréstimo, inclusive nas condições de segurança. A gente só autoriza quando o receptor demonstra que tem condições de oferecer o necessário, que é o caso do Sesi Lab. Foi uma fatalidade”, lamenta. Não há registro de quando o item foi feito pelos indígenas.
Assim que foi dada falta do objeto, tanto a Subsecretaria de Patrimônio Cultural, quanto o Sesi Lab informaram sobre o furto às autoridades. A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) chegou a ser acionada, como é de praxe em situações como essa. “Caso o objeto dê entrada no acervo de um museu, o sistema irá acusar que a origem dele é ilícita, fruto do furto. Isso evita que esses objetos tenham uso institucional, o que é super importante”, pontua o Subsecretário. A medida também evita que o objeto saia do país.
Em nota, o Sesi Lab afirmou que aguarda a conclusão das investigações. “O Sesi Lab registrou boletim de ocorrência, compartilhou todas as informações disponíveis com as autoridades e aguarda a conclusão das investigações”, diz o comunicado emitido pelo espaço cultural. O caso está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).
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