Parcelamento

Advogado alvo de operação é preso ao tentar libertar grileiro

Advogado era alvo de mandado de prisão expedido pela Justiça. Ao ir à delegacia para libertar um cliente, ele foi surpreendido com a voz de prisão

A Justiça havia expedido oito mandados de prisão relacionados ao caso, um deles contra o advogado -  (crédito: Divulgação/PCDF)
A Justiça havia expedido oito mandados de prisão relacionados ao caso, um deles contra o advogado - (crédito: Divulgação/PCDF)

Um advogado foi preso na manhã desta sexta-feira (9/8) após comparecer à delegacia para tentar libertar um cliente que era alvo de uma operação de combate ao parcelamento irregular do solo em um condomínio de Sobradinho.

O caso inusitado ocorreu na sede da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes Contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema/Cepema). O advogado chegou à unidade se apresentando como defensor de um dos detidos na operação, mas não sabia que ele próprio também era alvo da mesma investigação.

A Justiça havia expedido oito mandados de prisão relacionados ao caso. Os policiais civis tentaram prendê-lo em sua casa na manhã desta sexta-feira (9/8), mas não encontraram o advogado.

A megaoperação, que contou com a participação de 70 policiais, foi motivada por investigações sobre a área do Condomínio Mansões Bougainville, uma região de lagos com solo hidromórfico, buritis, veredas, campos de murundus e pequenas lagoas.

A área, situada na Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu, tem sido alvo de crimes ambientais desde 2012 e já foi foco de operações anteriores da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), da Secretaria DF Legal e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), inclusive em junho do ano passado.

Investigação

No total, os policiais visam cumprir oito mandados de prisão e 12 de busca e apreensão nas regiões de Sobradinho, Jardim Botânico, Lago Sul, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras e Brazlândia. Até o momento, sete pessoas foram presas.

Os investigados são suspeitos de montar o condomínio e extorquir dinheiro dos moradores, ameaçando expulsá-los caso não efetuassem os pagamentos exigidos. Eles estão sendo investigados por crimes como associação criminosa, parcelamento irregular do solo, dano ambiental, lavagem de dinheiro, extorsão, apropriação indébita, falsidade ideológica, estelionato e uso de falsa identidade.

%MCEPASTEBIN%

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 09/08/2024 13:15 / atualizado em 09/08/2024 16:13
x