Tarja das olimpiadas
Entrevista

Após medalha de Caio Bonfim, estádio de Sobradinho passará por reforma

Ao CB.Poder, secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Renato Junqueira, disse que o Augustinho Lima, em Sobradinho, onde o medalhista olímpico Caio Bonfim treina em condições precárias, será recuperado a partir do mês que vem

O secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Renato Junqueira, disse ao CB. Poder que o programa Bolsa Atleta beneficia 230 pessoas, entre atletas e paratletas -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
O secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Renato Junqueira, disse ao CB. Poder que o programa Bolsa Atleta beneficia 230 pessoas, entre atletas e paratletas - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Os programas Compete Brasília e Bolsa Atleta, do Governo do Distrito Federal, apoiam o atleta brasiliense Caio Bonfim, medalhista na modalidade marcha atlética. A informação é do secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Renato Junqueira, entrevistado do CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília. O secretário reconheceu que Caio treina em condições precárias e afirmou que o cronograma de recuperação do estádio Augustinho Lima, em Sobradinho, começa em setembro.

Após medalha de Caio Bonfim, estádio de Sobradinho passará por reforma

Qual sua avaliação do desempenho do DF nas Olimpíadas?

O Distrito Federal obteve, nestas Olimpíadas, um dos melhores desempenhos, com a medalha de prata conquistada por Caio Bonfim, atleta da marcha atlética. Essa conquista é inédita e histórica para o Brasil, pois nunca havíamos ganhado uma medalha nesse esporte. Além disso, o judô coletivo também se destacou com Ketleyn Quadros e Guilherme Schmidt, que são de Brasília. Portanto, o Distrito Federal conquistou três medalhas.

Quantas pessoas os programas de incentivo atendem e qual o valor investido?

O programa Bolsa Atleta beneficia 230 pessoas, entre atletas e paratletas, com um investimento anual de cerca de R$ 5 milhões. O programa Compete Brasília, que cobre as passagens, beneficiou quase 5 mil atletas, em 2023, com um montante superior a R$ 8 milhões. Esses investimentos foram cruciais para as fases classificatórias das Olimpíadas e das Paralimpíadas. Neste ano, atendemos a 2,5 mil atletas até o fim de julho, com um investimento aproximado de R$ 3 milhões.

Qual a importância do incentivo para pessoas com talento?

Os projetos sociais esportivos são fundamentais para a formação de atletas. Na secretaria, nosso objetivo é de que os adolescentes, por meio do esporte, tornem-se cidadãos que aprendem atributos, valores e princípios, como respeito, disciplina e saúde mental. Todo o investimento é direcionado para que eles possam se concentrar em seus treinos sem outras preocupações.

O senhor considera que o país tem incentivado adequadamente os atletas?

O Brasil tem investido em diversos programas e projetos, mas é necessário aumentar esses investimentos. Países como Estados Unidos, China e Japão estão à frente em tecnologia. Simone Biles, por exemplo, tem seu próprio centro de treinamento, o que reflete seu alto nível. No entanto, a medalha de ouro de Rebeca Andrade mostrou que, com resiliência, é possível superar desigualdades de oportunidades.

Quem deseja seguir a carreira de atleta deve buscar incentivos do governo como?

O DF possui 12 Centros Olímpicos e Paralímpicos (COPs) em várias regiões administrativas, oferecendo modalidades como natação, futsal e vôlei. Esses centros atendem a crianças, adolescentes e idosos, inclusive aqueles que necessitam de fisioterapia. Todos os espaços são gratuitos e funcionam como verdadeiras incubadoras de talentos. Um exemplo é a atleta Daniele Souza, oriunda do COP de Samambaia (classificada para as Paralimpíadas de Paris e primeira mulher brasileira da modalidade do parabadmintona a participar da competição).

Como está a reforma da pista no Estádio Augustinho Lima, onde Caio Bonfim treina, em Sobradinho?

O Caio treina realmente em situações precárias, mas, na Secretaria de Esporte, nós temos esse olhar sensível para realmente fazer aquele local se transformar, de fato, em um centro de referência. Nós mandamos uma equipe técnica fazer uma avaliação do estádio como um todo, não só da parte do atletismo, que é uma fundamental, principalmente pelo resultado do Caio, mas do estádio como um todo, fazer um laudo de toda a estrutura. Nós temos orçamento e estamos soltando este mês um edital de licitação para fazer a recuperação de algumas estruturas e, também, a recuperação do gramado. Diferentemente do Abadião (Ceilândia) e do Rorizão (Samambaia), lá não tem grama, é mato. Então, precisamos arrancar todo mato e refazer toda a estrutura, o sistema de irrigação, o replantio do gramado e, a partir disso, fazer toda a parte de pintura, ver a questão hidráulica, elétrica, avaliar se os refletores estão funcionando ou não. (...) Estamos analisando se cabe recuperação àquela pista de atletismo oficial ou se é preciso fazer a aplicação de uma nova. Esse estudo teremos nos próximos 15 dias. Temos recurso, planejamento e um cronograma, que começará a ser executado a partir de setembro.

Quais eventos esportivos estão programados para o segundo semestre no DF?

Em agosto, teremos o Mundial de Kickboxing e, em outubro, os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que trarão 6 mil universitários para o DF. Brasília está se consolidando como um importante centro de eventos esportivos, destacando-se não apenas como a capital federal, mas também como a capital do esporte.

Veja a entrevista na íntegra:

 

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postado em 06/08/2024 06:00
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