Cerveja artesanal

Prêmio para cerveja artesanal valoriza e incentiva pequenos e médios produtores

CNA lança concurso para premiar os melhores produtores da bebida no Brasil. Inscrições podem ser feitas até 15 de setembro para se inscrever e os prêmios variam de R$ 10 mil a R$ 3 mil. A importância do projeto foi tema do Podcast do Correio

Fernanda Regina da Silva, assessora técnica da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), é a convidada do Podcast do Correio,   -  (crédito: Benjamin Figueredo/CB/DA.Press)
Fernanda Regina da Silva, assessora técnica da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), é a convidada do Podcast do Correio, - (crédito: Benjamin Figueredo/CB/DA.Press)

O lançamento do Prêmio Brasil Artesanal de Cerveja e a importância dele para o negócio dos produtores foi destaque no Podcast do Correio de ontem, que recebeu a assessora técnica da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), Fernanda Regina da Silva. Aos jornalistas Sibele Negromonte e Roberto Fonseca, a convidada comentou que esse concurso foi criado para auxiliar na valorização e reconhecimento dos médios e pequenos produtores do Brasil.

O que motivou vocês a criarem o Prêmio CNA Brasil Artesanal?

Em 2018, a CNA precisava criar um programa voltado aos pequenos e médios produtores brasileiros, trazendo valorização e reconhecimento para essas pessoas. Quando se criou o Programa Alimentos Artesanais e Tradicionais, ele foi desenhado com alguns eixos de atuação: eixos que trabalham regulamentação, capacitação, assistência técnica, comercialização e marketing. Os concursos de qualidade e as premiações são apenas uma pontinha do programa, que é muito abrangente nacionalmente e hoje tem essa enorme visibilidade.

Esse é o primeiro concurso de cerveja, não é? E quais foram os outros?

De cerveja, sim, mas estamos comemorando nossa 11ª edição. Já fizemos concursos de chocolate, azeites, vinhos espumantes, charcutaria, queijo, cachaças, cafés, mel e agora de cerveja.

São duas categorias, não é? A de baixa e a de alta fermentação. Quais serão os critérios de avaliação?

Os especialistas vão verificar as amostras da cerveja sem identificação do produto e pontuarão o aroma, sabor e o corpo da cerveja, ou seja, como ela foi servida a eles. Serão três dias de avaliação e estimamos que iremos receber pelo menos 250 amostras de cerveja. Eles conseguem degustar até 60 cervejas por dia.

Os produtores de cerveja vão enviá-las? Como funciona?

As inscrições serão feitas em nosso site e o regulamento também está lá. O produtor tem até 15 de setembro para se inscrever. Como o programa é voltado para o pequeno e médio produtor, definimos um volume de corte. Chegamos a 5 milhões de litros, ou seja, quem produz até esse volume por ano pode participar. Eu imaginava que essa quantidade era muita, mas quando fazemos comparações com grandes cervejarias, isso é o que é produzido em um ou dois dias. Além disso, todo e qualquer concurso da CNA que envolve produtos de origem animal precisa ter o registro dentro do MAPA. Após as inscrições, o produtor enviará para a sede da CNA, aqui em Brasília, quatro amostras que, na somatória, devem dar 2 litros. Nos dias 2, 3 e 4 de outubro, será feita a avaliação do júri técnico. Uma vez feita essa análise, as cinco melhores serão selecionadas e passarão pela etapa de júri popular. E tem uma terceira etapa, que é a avaliação da história do produtor; no momento da inscrição, cada um terá um espaço de 1.800 caracteres para isso. Cada etapa tem um peso: 40% da nota será para o júri técnico, 50% para o popular e 10% para a história.

Quais são as premiações?

São várias, incluindo premiação em dinheiro: R$ 10 mil para o primeiro, R$ 8 mil para o segundo, R$ 6 mil para o terceiro, R$ 4.500 para o quarto e R$ 3 mil para o quinto. Nós temos um selo ouro, prata e bronze para o primeiro, segundo e terceiro, respectivamente. Ele traz uma enorme agregação de valor ao produto e chancela a qualidade dele. Para vocês terem noção, nós temos cachaças que, após o selo da premiação, tiveram um acréscimo de mais de 300% no valor em relação ao período anterior ao concurso da CNA. Ou seja, também tem essa questão de valorização e reconhecimento para o produtor. Ganhar um concurso é só o começo; nós criamos uma parceria com os produtores e, às vezes, até exportamos o produto.

O DF já teve campeões nesses concursos, não é?

Tivemos, em 2022, como campeã na categoria prata do concurso de cachaça, a bebida chamada Remedin Cachaça, um nome bem sugestivo, não é? No último ano, na categoria de melhor vinho espumante, tivemos como ganhador Ronaldo Triacca, da Vinícola Villa Triacca. Isso mostra a potencialidade do nosso país.

Confira a íntegra da entrevista

* Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho


 

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postado em 03/08/2024 06:00
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