Neste domingo (28/7), a comunidade LGBTQIAPN+ se reúne para a parada do orgulho de Brasília. Milhares de pessoas se concentraram, a partir das 14h, na Esplanada dos Ministérios para o início do desfile dos trios elétricos. A Associação Brasília Orgulho, organizadora do evento, comemorou a presença, pela primeira vez, de duas artistas de renome nacional na parada brasiliense, Lia Clark e Pepita.
Com falas de representantes de organizações civis e públicas, a marcha partiu após a apreciação do Hino Nacional. A defesa dos direitos da população trans e travesti, a resistência contra o fundamentalismo religioso, e a representatividade de LGBTs no Congresso Nacional, foram as principais pautas levantadas nos trios.
O trajeto a ser seguido pela marcha começa na via N1. Dali, o público dará a volta na Feira da Torre/Eixo Ibero Americano e descerá a via S1 até o Museu Nacional, onde a parada termina às 22h.
A primeira a cantar é Pepita, às 17h30, no Trio do Distrito Drag, que será o terceiro da marcha. Às 19h será o show da artista Lia Clark, no segundo trio, da drag Pikineia e do coletivo Brasília Orgulho.
O público está acompanhando, também, outros artistas, como os DJs Mike, Naomi Leakes, Ella e Nicolas Magalhães. O bate-cabelo já começou, com as performances de Day Mahara, Larissa West, Pérola Negra e Gabrielly Ganash no trio do Distrito Drag.
Já no trio elétrico dos Jovens Unidos por Direitos Iguais e Humanos (Judihbr), a música está por conta dos DJs Mutti, Hudson Vidal, Victor Kened, Suzy Landucci e Wanderson Silva. Além da drag Veronica Strass.
Um dos organizadores da parada, o produtor cultural Igor Albuquerque, 32 anos, ressalta a importância da temática escolhida para o evento neste ano: “60+ Orgulho. Terceira idade LGBT: visibilidade, inclusão e políticas públicas”.
“Essa é a primeira vez que uma parada do orgulho no Brasil aborda esse tema. Se existe um nicho que é o mais invisibilizado de todos da sigla, são os 60+, os idosos, sejam trans, gays, ou lésbicas, são as pessoas que deram a cara a tapa para estarmos aqui hoje”, comenta. “Envelhecer sendo LGBT é diferente. Muitos de nós não temos família, a maioria não terá filhos, então como é que vai ser o envelhecer dessa população? Como serão os asilos para receber essas pessoas? Quem vai cuidar delas?”, questiona Igor.
Entre as ações realizadas pela Brasília Orgulho, durante todo o mês de julho, está a iniciativa Cidade Orgulho, que espalhou pelas ruas da capital federal ativações com pinturas e iluminações com as cores do arco-íris. Os pontos escolhidos foram a Rodoviária do Plano Piloto, o Buraco do Rato, a Praça Marielle Franco, o Cine Brasília e a Estação Central do Metrô.
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