Insegurança

Gangue do Rolex: prejuízo das vítimas chegou a R$ 200 mil

Durante duas fases da operação Península, oito pessoas foram presas acusadas de roubar relógios de luxo em diversos estados e escolhiam as vítimas pelos veículos que utilizavam e pelas roupas que vestiam

Durante a Operação Península II, coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Divisão de Roubos e Furtos I (DRF I), foram cumpridos, nesta sexta-feira (26/7), quatro mandados de prisão preventiva e três ordens judicias de busca e apreensão contra indivíduos membros de uma quadrilha especializada em roubos de relógios de luxo. A ação contou com o apoio de policiais civis do estado de São Paulo. 

De acordo com as investigações, os alvos atuavam de maneira interestadual e subtraíam de suas vítimas, principalmente, relógios da marca Rolex. Os investigados foram identificados como autores de, ao menos, dois roubos na região do Lago Sul, ocorridos nos meses de julho e novembro de 2023. Somado, o prejuízo das vítimas chegou a R$ 200 mil.

De acordo com o Delegado Renato Fayão, da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), agora os relógios vão ser encaminhado para a perícia. "Vamos tentar localizar os seus proprietários a partir dos números de série", esclarece.

As quadrilhas com essa especialidade são conhecidas, popularmente, como "Gangues do Rolex" e viajam por diversos estados brasileiros, praticando roubos de relógios de luxo até migrarem para outro território.

Em regra, as vítimas em potencial são escolhidas de forma aleatória em razão dos veículos de luxo que utilizam e a forma de se vestirem, sempre em regiões de trânsito de pessoas com alto poder aquisitivo. Os assaltantes costumam utilizar motocicletas com a placa adulterada, bem como carro de apoio, para circularem nesses locais, segundo a PCDF. Após uma vítima ser selecionada pelos "olheiros" da quadrilha, o executor, que geralmente está disfarçado de motoboy e entregador, executa o roubo.

As prisões ocorreram em São Sebastião (DF) e no município de Taboão da Serra (SP). Os investigados foram indiciados por associação criminosa, roubo majorado e adulteração de sinal identificador. Caso condenados, os indiciados poderão pegar até 25 anos de prisão.

Primeira fase

Em 27 de novembro de 2023 a Operação Península, por por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), prendeu, em flagrante, um homem de 33 anos e outro de 29 anos. Eles são acusados pelos crimes de associação criminosa, roubo majorado e adulteração de sinal identificador.

O momento da prisão ocorreu na Epia Sul, após praticarem um assalto à mão armada no Lago Sul, no qual roubaram um relógio Rolex avaliado em R$ 80 mil. A vítima tinha sido abordada por um motociclista armado em um sinal de trânsito próximo do Gilberto Salomão.

Em julho desse mesmo ano, os criminosos também  praticaram um assalto nas proximidades do shopping Deck Brasil, no Lago Sul. Na ocasião, a vítima também teve o seu relógio Rolex subtraído.

 

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