Zoológico

Um zebro na área! Animal chegou ao zoo de Brasília, mas está sem fêmea 

Ailin mal chegou ao Zoológico de Brasília e já está chamando a atenção dos visitantes. De uma espécie ameaçada de extinção, o bicho vai receber, no próximo ano, uma fêmea para fazer companhia para ele

Um novo morador da cidade vem chamando a atenção dos brasilienses. Após três anos, o Zoológico de Brasília volta a ter uma zebra em seu plantel. Na verdade, trata-se de uma zebra-macho, apelidado de Ailin, que chegou à instituição em 12 de julho. O animal veio de um zoológico da cidade de Cotia (SP) e é de uma espécie que está ameaçada de extinção, a zebra-da-planície.

"É lindo", descreve Mouriane Xavier Ozório Lombre, 30 anos, acompanhada pelo marido, filho, e dois sobrinhos. "Os meninos estão encantados. É uma experiência única porque não é nativo do Brasil e eles gostam ainda mais porque é um animal que aparece no filme Madagascar", diz a professora de enfermagem. A sobrinha, Estela Mariza Gonçalves Lombre, 9 anos, tentava contar a quantidade de listras de Ailin. "São muitas", respondeu, ao ser perguntada sobre a quantidade de listras que conseguiu contabilizar. Para ela, a zebra (ou zebro, segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa — Volp) é preto com listras brancas, não o contrário. 

É a primeira vez que a família de Joenir Mota, 46 anos, visita o zoológico e não eles deixaram de ver de perto o novo morador do local. "É maravilhoso e diferente, principalmente vendo ao vivo, que é mais gratificante", diz o técnico em refrigeração. O filho, o pequeno Heitor Marins, de 5 anos, achou Ailin bonito e tem opinião diferente sobre a cor dele: "É branco com listras pretas".  

Ed Alves/CB/DA.Press -
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Adaptação 

Receber um novo animal no zoológico não é uma tarefa tão simples quanto parece. Ele precisa passar por adaptações para se sentir confortável no novo ambiente e não se assustar com as centenas de visitantes que passam pelo local todos os dias. Mas parece que a missão não foi tão complicada para Ailin, que, após apenas duas semanas no zoológico, já se aproxima do cercado, permitindo que os curiosos vejam de perto a sua exuberância. 

A zebra-da-planície é uma espécie nativa de algumas regiões da África. No entanto, Ailin nasceu bem longe de lá, em um criatório autorizado no estado do Texas (EUA), em 2021. O cardápio do equino consiste em vegetais, como alfafa e cenoura. Nos primeiros dias em Brasília, a zebra-macho recebeu alimentação na parte mais ao fundo do recinto, para que não se assustasse com os visitantes do zoológico. Com o passar dos dias, a comida passou a ser oferecida em outros pontos do espaço onde vive. 

"Isso faz parte da adaptação ao ambiente para lembrar o habitat natural, onde ele se movimenta para se alimentar", explica Wallison Couto, diretor-presidente do Zoológico de Brasília, que afirma que o condicionamento serve para que o espécime seja tratado sem precisar de sedação, em eventual doença que venha a contrair. 

Outro aspecto da adaptação é relacionado ao acasalamento. Por enquanto, Ailin é um zebro solitário no zoológico, mas uma fêmea deve chegar no próximo ano para fazer companhia ao bicho. "Zebra é um animal que vive em grupo, então precisa de um parceiro ou parceira", explica Walisson. Por causa disso, a ursa-de-óculos, apelidada de Liz, que vivia no Zoológico de Brasília, foi enviada para a instituição de Cotia, para fazer companhia a um macho da espécie que mora lá. 

Mas não são todos os animais que gostam de movimento ao seu redor. Os lobos-guarás ficam em recintos diferentes, mesmo havendo três expostos ao público, no zoológico. Eles são unidos apenas em épocas de acasalamento. O mal-humorado casuar, espécie de ave originária da Austrália, é outro exemplo de animal que vive sem companhia no Zoológico de Brasília. 

Além de Ailin, da zebra fêmea que será enviada para cá e a ursa-de-óculos que foi mandada para Cotia, a permuta entre as duas instituições ainda envolve um casal de suricates que está em solo brasiliense, mas ainda passa por fase de adaptação antes de serem expostos ao público. 

Zoo

Os interessados em ver Ailin de perto podem ir ao Zoológico de Brasília de terça-feira a domingo, entre 8h30 e 17h, e ver todos os demais animais expostos ao público na instituição. O recinto do zebro fica ao lado do da girafa. Outra novidade é que as placas informativas de cada um dos recintos estão sendo trocadas por novas e mais acessíveis, com tradução para braille e Libras e um QR code para acessar mais informações sobre os animais. "Em breve, as informações do QR code também estarão em inglês e espanhol", avisa Walisson Couto.  

Entre as terças-feiras e quintas-feiras, tem ingresso promocional e todos pagam o valor da meia-entrada de R$ 5. Nos demais dias da semana, a inteira é R$ 10. Têm direito à meia-entrada crianças de 6 a 12 anos; idosos (acima de 60 anos); estudantes; beneficiários de programas sociais do governo; e professores, pedagogos, orientadores educacionais e servidores da carreira Assistência à Educação do sistema de ensino do Distrito Federal, todos mediante comprovação.

 


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