Um homem de 27 anos foi preso nesta quinta-feira (25/07) acusado de ameaçar a ex-companheira e de descumprir medidas protetivas de urgência no âmbito da Lei Maria da Penha. O suspeito foi detido por policiais da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) em Niquelândia (GO), onde trabalhava como guia pesqueiro para turistas.
O homem estava foragido desde maio deste ano por ter agredido fisicamente a ex-mulher e por ameaçá-la constantemente de morte, mesmo de a Justiça ter proibido que ele entrasse em contato com a vítima por qualquer meio de comunicação, como ligação telefônica, WhatsApp, e-mail e redes sociais.
Entre as ameaças, o homem dizia, por meio de ligações e mensagens no WhatsApp, que iria matar a ex-companheira e comer o coração dela. “Vou te matar, desgraça, vou comer seu coração”, escreveu ele no aplicativo de mensagens. A polícia também conseguiu recuperar outras mensagens enviadas pelo acusado. “Vc sabe que eu acho melhor nós dois morto mesmo do que um sem o outro. Vc prefere assim, ok, igual te falei, vai ser a última coisa que vou fazer.”; “Eu só vou sossegar te matar depois me matar, mas eu vou chegar ai”; “Cadeia a gente sai, da morte não”; “Vc quis delegacia, mas ninguém vai me pegar antes matar vc não”. Além dessas e outras mensagens, o homem enviou um vídeo de um feminicídio, que ele descreveu como “nossa história”. Veja as outras mensagens.
A prisão preventiva do acusado foi decretada pelo Juizado Especial Cível, Criminal e de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Brazlândia, após denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O foragido vivia em uma pousada, de onde ele postava livremente vídeos de suas pescarias em seu status do aplicativo WhatsApp, enquanto ameaçava matar a vítima.
Veja o vídeo do momento em que o homem chega à delegacia conduzido por agentes da 18ª DP:
“A divulgação da operação e mensagens enviadas pelo homem preso, visa incentivar outras mulheres, que estejam vivendo situação similar de ameaça, perseguição e violência, que procurem os órgãos públicos competentes – polícia, Ministério Público e Poder Judiciário – e denunciem seus agressores para que eles sejam efetivamente responsabilizados e presos”, informou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em nota.
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