CRIME

Bolsonarista condenado por colocar bomba no Aeroporto vai para regime aberto

Alan Diego dos Santos Rodrigues é condenado por tentar explodir uma bomba nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, as vésperas do Natal de 2022

 A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF) concedeu progressão ao regime aberto para Alan Diego dos Santos Rodrigues, o bolsonarista condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão por ter armado uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera de Natal de 2022.

A decisão foi assinada  pelo juiz de direito Bruno Aielo Macacari. Ao Correio, o advogado de Alan, Egídio Alves Rigo, ressaltou que a decisão da Vara de Execuções Penais (VEP) é justa. “É uma medida urgente que se impõe, uma vez que o pedido já foi feito, e é um direito dele. Essa demora na autorização judicial fere o princípio da dignidade da pessoa humana e está nos autos há alguns meses, só falta a Vara de Execução Penal de Brasília deferir essa transferência”, detalhou.

Agora, Alan Diego aguarda uma deliberação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para cumprir o restante da pena na cidade natal dele, em Comodoro (MT). 

Alan Diego confessou à polícia ter recebido a bomba no acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Ele deixou o artefato explosivo em cima de um caminhão de querosene de aviação nos arredores do aeroporto.

Comparsas 

Alan Diego, Wellington Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Sousa, envolvidos no caso da tentativa de explosão do Aeroporto de Brasília, poderão ser julgados pelo STF. Em 29 de maio, parte do inquérito policial começou a tramitar no Supremo. Segundo Moraes, o caso está conectado a outras investigações analisadas pela Corte.

A defesa do blogueiro recorreu solicitando que o julgamento fosse transferido para a Justiça Federal. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu na terça-feira (18/6) que o recurso não fosse acolhido.

Inicialmente, George foi condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão em regime inicial fechado, além de 280 dias-multa, por decisão da 8ª Vara Criminal de Brasília. Mas, em março deste ano, a 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) ampliou a condenação para 9 anos e 8 meses de prisão. Ele foi colocado no regime semiaberto recentemente.

Wellington Macedo recebeu, no mês passado, perdão e não precisará pagar a multa de R$ 9,6 mil, mas segue no regime fechado por pena de 6 anos de reclusão. Já Alan Diego cumpre pena de 5 anos de reclusão, agora em regime aberto.

 

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