O sonho de ficar milionário pode estar mais próximo para quem apostar no sorteio de hoje da Mega-Sena. O prêmio acumulou, aumentando para R$ 170 milhões. Na última terça-feira, algumas das 102 apostas que acertaram a quina saíram do Distrito Federal. Três apostadores ganharam R$109.652,76, cada. Isso atiçou o desejo de vitória entre candangos que esperam ansiosos pelo próximo sorteio da Caixa Econômica Federal, às 20h, quando, ao menos uma pessoa, poderá ficar com a bolada que cresceu. Até às 19h, ainda dá tempo de concorrer. É possível apostar nas loterias online, ou pessoalmente nas casas lotéricas (veja quadro). O sorteio será transmitido, ao vivo, nos perfis do banco no Youtube, no Facebook e pela Rede TV.
Adriano Freitas, 40 anos, tem o costume de fazer uma "fezinha" há 5 anos, mas garantiu que só participa dos sorteios com prêmio acumulado acima de R$ 40 milhões. "É só quando o valor vale a pena. Não adianta arriscar a sorte em pouco dinheiro", opinou. Frequentando lotéricas desde 2019, ao menos uma vez por semana, o cobrador de ônibus ganhou R$ 30,00 na Loto Fácil. "De vez em quando, acerto ao menos um número, disse.
"Eu bati na trave (de ficar rico apostando) algumas vezes. Por exemplo, eu acerto dois números e passo raspando em dois, eu jogo 57 e sai 56. Da Mega-Sena, eu já acertei três dezenas e isso me estimula para a jogar, nem que seja só para perder mesmo", admitiu. A respeito da possibilidade de deixar de frequentar lotéricas, Adriano foi enfático: "Só quando eu ganhar". Para ele, o melhor jeito de usar um eventual prêmio que obtivesse seria investi-lo em imóveis, empresas, ou na bolsa de valores. "Eu só penso no meu bem-estar e da minha família. Agora, em relação a bens materiais, uma casa bem melhor já estaria ótimo", garantiu.
- Aliados democratas e pesquisas pressionam Biden a desistir das eleições
- Por que o furacão Beryl é tão incomum?
- Avião faz pouso de emergência após passageiros passarem mal com comida estragada
Malas prontas
Se ganhasse na loteria, o venezuelano Alexander Guerrero, 39, se mudaria para a Espanha. Formado em educação física e fisioterapia, ele se viu obrigado a mudar de carreira ao chegar ao Brasil porque seus diplomas não foram reconhecidos. Sem poder exercer suas profissões, tornou-se cuidador de idosos e, assim, ganha a vida, em Brasília, há 4 anos.
Guerrero disse que começou a apostar na Mega-Sena, há cerca de uns dois meses, como forma de mudar sua vida dando uma chance à sorte. Apesar de não ser um hábito regular, devido à limitações financeiras, ele se permite arriscar de vez em quando, interesse despertado por amigos que o apresentaram às loterias nacionais. Sua estratégia é simples: deixa o balconista escolher os números.
Apesar de ainda não haver sido contemplado, o venezualano, que mora em Sobradinho, mantém o otimismo. "Quem não arrisca, não tem nada", afirmou, comparando a aposta na loteria com os riscos e recompensas do amor. Sua atitude positiva sobressai quando fala sobre o que faria se ganhasse uma grande quantia: "Se eu ganhar, convido todo mundo aqui para almoçar", disse ele, com um sorriso referindo-se aos funcionários da lotérica. Para ele, a recompensa não seria apenas pessoal, mas também permitiria compartilhar a oportunidade que recebeu com outras pessoas.
Desejo
Geraldo Gomes Lima, 76, aposta desde 1980. Um pouco antes de falar com o Correio, fez um joguinho em um estabelecimento na Rodoviária do Plano Piloto, enquanto aguardava um passageiro que trouxe de Cabeceiras (GO). Lá, ele trabalha como motorista na prefeitura municipal. "Na Mega-Sena já acertei uma quadra, que me deu prêmio de R$ 800,00. Mas com esse dinheiro não dá para fazer quase nada. Um prêmio bom é acima dos R$ 100 mil", declarou. Entre as suas idas e vindas ao volante, ele tem o hábito de buscar lotéricas onde, de preferência não esteve, na maioria das vezes, uma forma que encontrou testar a sorte. Contudo, Lima admitiu que não sabe bem porque aposta há tantos anos. "É só para alimentar uma ilusão", falou sorrindo.