Os criminosos que extorquiam comerciantes de Taguatinga e exigiam transferências bancárias fingiam ser membros de facções criminosas do país, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), para cometer os crimes. Eles foram alvo de uma operação conjunta da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) e da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCRJ).
De acordo com os investigadores, para dar veracidade às extorsões, os acusados fingiam ser integrantes das duas facções. Quando extorquiam comerciantes de outros estados, criavam um enredo específico: se o estabelecimento fosse do Rio de Janeiro, alegavam ser do CV; se fosse de São Paulo, diziam ser do PCC. Em todas as ocasiões, os criminosos exigiam transferências bancárias sob ameaça de morte.
Os acusados passavam o dia ligando para estabelecimentos comerciais, simulando estar armados em frente às lojas. Dessa forma, conseguiam as transações bancárias. Na capital federal, as duas facções eram utilizadas pelos golpistas para intimidar as vítimas, embora as duas não estejam estabelecidas de forma definitiva no DF.
Todos os mandados de prisão e de busca e apreensão foram emitidos pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga e cumpridos na região de Cabo Frio (RJ).
Crime
O esquema criminoso foi descoberto após um incidente de roubo em uma agência dos Correios, em Taguatinga, ocorrido em abril. Na ocasião, os policiais verificaram que se tratava de um golpe no qual os autores simulavam um assalto por telefone para exigir transferências bancárias.
Os suspeitos ligaram para a agência, simulando estar armados do lado de fora e exigindo transações via Pix para não "executar ninguém". A funcionária dos Correios, assustada com as ameaças, ligou para seu superior, que, sem entender bem a situação, transferiu dinheiro para a conta dos criminosos.
Os investigadores também identificaram os responsáveis pelas contas bancárias usadas nos depósitos, que eram abertas em nome de laranjas.
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