GOLPE

Criminosos que extorquiam comerciantes de Taguatinga são presos no RJ

Operação conjunta entre PCDF e PCERJ cumpre três mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão na região de Cabo Frio (RJ)

Joias, relógio e celulares estavam com os suspeitos -  (crédito: PCDF)
Joias, relógio e celulares estavam com os suspeitos - (crédito: PCDF)

Três integrantes de uma associação criminosa especializada em extorquir comerciantes de todo o país foram presos preventivamente na manhã desta quarta-feira (31/7), em Cabo Frio (RJ). As prisões preventivas estão sendo cumpridas por agentes da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), em ação conjunta com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ).

As ações da operação “Roubo Remoto” recorrem de decretos expedidos pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga, com base em investigações que tiveram início em 23 de abril de 2024. Nessa data, a 17ªDP foi acionada para averiguar um roubo que ocorria em uma agência dos Correios em Taguatinga. Ao chegar ao local, no entanto, os policiais constataram que estava ocorrendo um golpe. Ao telefone, os autores simularam um roubo para exigir transferências bancárias.

Eles disseram às vítimas que estavam armados do lado de fora do comércio e ameaçaram entrar atirando, caso não recebessem depósitos. A funcionária que atendeu à ligação se assustou com as ameaças e acabou ligando para seu superior que, sem entender ao certo o que estava acontecendo, acabou transferindo dinheiro para a conta dos criminosos. 

No decorrer das investigações, a polícia descobriu que os membros do grupo passavam o dia inteiro ligando para comércios de todo o país, simulando estarem armados em frente ao estabelecimento e exigindo transferências bancárias. Para dar veracidade ao golpe, utilizavam o nome de facções criminosas e pesquisavam a fachada dos comércios na internet.

Foram identificados, também, os responsáveis pelas contas bancárias usadas para receber os depósitos, que eram abertas em nome de laranjas e depois direcionadas aos golpistas. A Justiça também bloqueou os ativos financeiros dos acusados.

Os acusados responderão pelos crimes de extorsão, lavagem de capitais e associação criminosa, e podem arcar com penalidades de até 28 anos de reclusão.

 

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postado em 31/07/2024 10:23 / atualizado em 31/07/2024 23:03
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