Sistema prisional

Policial penal é investigado por fazer sexo com detento durante expediente

Agente também estaria facilitando contrabando dentro do CPP. Caso é apurado pelo MPDFT. Em um dos episódios, um interno foi flagrado com uma pistola sob a supervisão do policial penal

Suspeitas de facilitação na entrada de drogas e celulares no CPP também são investigadas -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Suspeitas de facilitação na entrada de drogas e celulares no CPP também são investigadas - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Um policial penal do sistema penitenciário entrou na mira do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por manter relações sexuais com um detento do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) durante o horário de trabalho.

A reportagem apurou que o policial foi flagrado fazendo sexo oral com um preso que trabalha no projeto Mãos Dadas, que visa ressocializar pessoas privadas de liberdade em regime semiaberto e com autorização para trabalho externo.

Os promotores do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) também investigam suspeitas de facilitação na entrada de drogas e celulares no CPP, localizado no SIA, uma vez que muitos detentos do projeto Mãos Dadas retornaram ao fim do expediente com grandes quantidades de entorpecentes e aparelhos celulares.

Os reeducandos do projeto são supervisionados por policiais penais e os episódios ocorreram durante as escalas de trabalho do investigado. A reportagem optou por não revelar os nomes dos detentos e do policial envolvidos.

“Perdido”

Em um dos episódios em apuração pelo MP, um interno foi flagrado com uma pistola sob a supervisão do policial penal. Os episódios ocorrem geralmente durante o horário de almoço, quando há maior facilidade para que os presos "dêem um perdido" para praticar crimes ou se abastecer de drogas e celulares antes de retornar ao CPP.

Ao Correio, a assessoria do MP informou que tomou conhecimento do caso após denúncias e que realizará diligências preliminares para informar a Vara de Execuções Penais (VEP).

A VEP declarou à reportagem que ainda não tinha conhecimento do caso. A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) afirmou que não foi notificada sobre os fatos relatados até o momento.

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postado em 25/07/2024 15:28 / atualizado em 25/07/2024 20:42
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