Neste fim de semana (27 e 28/7), a Praça do Trabalhador, em Ceilândia, será palco da grande final dos grupos da Federação das Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (FequajuDFE). As finalistas Sabugo de Milho, Si Bobiá a Gente Pimba, Sanfona Lascada, Elite do Cerrado, Paixão Cangaço, Aquarela Nordestina, Êta Lasquêra, Pula Fogueira, Segue o Fogo e Triscou Queimou apresentarão seus espetáculos ao público em busca do título no campeonato. O evento é gratuito e, além das quadrilhas, haverá apresentações de trios de forró e praça de alimentação com comidas regionais, a partir das 18h. Os organizadores recomendam que as pessoas cheguem cedo, para garantir lugar nas arquibancadas.
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Durante as classificatórias, a disputa pelo pódio esteve acirrada entre a Sabugo de Milho, de Taguatinga, e Si Bobiá a Gente Pimba, de Samambaia, que estavam empatadas até a segunda fase. O desempate ocorreu na terceira etapa, em Samambaia, com vitória para a Sabugo. "Vencemos, porém, isso não nos deixou em uma zona confortável, principalmente agora com a pontuação zerada. Na Sabugo, temos a tendência de enfrentar desafios, mudar e acrescentar coisas. Podem ter certeza de que teremos novidades nesta final", garante Juão Alex, presidente da Sabugo, que compete com o espetáculo O Amor é Filme.
A Pimba apostou no mesmo espetáculo de 2023, intitulado Entre a labuta e a devoção, as mãos que constróem o meu São João. "Estamos nos preparando para dar o melhor e levar a alegria e o jeito Pimba de fazer quadrilha para este público lindo que sempre nos acompanha. Esse é o nosso maior prêmio. Esperamos fechar este ciclo com muita alegria junto a todos que vibram por nós. Nosso objetivo vai além das pontuações", afirma Claudeci Martins, marcador da quadrilha.
Mesmo com o histórico das performances dos grupos nas edições anteriores, o público poderá se surpreender com o resultado. O coordenador da banca avaliadora, Gilson Cezzar, explica que as quadrilhas serão avaliadas em figurino, coreografia, casal de noivos, animação, marcação e repertório musical. "Zerar as pontuações dá condições para que todos possam se consagrar campeões, mas isso é muito relativo e subjetivo. Esses grupos passaram por avaliadores e, naquele momento, se consagraram vencedores em suas classificatórias. Agora, enfrentarão outro momento, aprimorando o que entendem ser necessário, trazendo inovações ou não. Vai depender do olhar minucioso de cada avaliador", diz.
A Sanfona Lascada, que ficou em terceiro lugar nas classificatórias, competirá em casa e enxerga isso como ponto positivo. "Apesar da disputa estar entre duas grandes quadrilhas, a Sanfona, com sua grandiosidade, vem se mostrando uma quadrilha forte. Este ano, a Sanfona se reinventou totalmente. Saiu do comodismo e adotou uma nova temática, abordando figurino, coreografia, música e até o tratamento com a banda de maneira diferente. O público pode esperar um espetáculo inovador e cheio de alegria", destaca Willy Costa, responsável pela concepção artística, visual e coreográfica da quadrilha.
"Nós estaremos com sangue nos olhos para fazer uma belíssima apresentação. A última etapa em Samambaia já foi maravilhosa, e ficamos em quarto lugar. O que se pode esperar é muito empenho, interpretação e emoção. Falamos sobre a Vila Amaury, que são as memórias do povo candango. É a história de Brasília", assinala Jean Viriato, vice-presidente da Elite do Cerrado, de Valparaíso de Goiás.
Cultura nordestina
A escolha dos organizadores por Ceilândia para a grande final deve-se à representação da Região Administrativa desde a fundação, no acolhimento e perpetuação da cultura nordestina em Brasília. "Ela é a maior cidade nordestina do DF e o berço inicial das maiores quadrilhas da capital. Entendemos que é aqui que deve ocorrer a celebração deste grande festival", reforça Robson Vilela, presidente da FequajuDFE.
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