CHAPADA DOS VEADEIROS

Vila de São Jorge abre programação multicultural para o público

Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros acontece até o próximo sábado (27/7)

Tila Avelino preside o espaço da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge -  (crédito: Gabriella Braz/CB)
Tila Avelino preside o espaço da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge - (crédito: Gabriella Braz/CB)

Com o início do XIV Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge abre as portas para a comunidade com uma programação que une saberes e aprendizados multiculturais. O evento, que acontece dentro da vila, dá sequência à XVI Aldeia Multiétnica  vai até o próximo sábado (27/7).

O Encontro, que acontece desde 2001, já se tornou parte do cotidiano dos moradores, que esperam o ano todo por esse momento. Nesta edição, o evento mostrou ainda mais a importância após a comunidade se unir para pressionar o governo local pela conclusão de obras que estariam atrapalhando a execução. Tila Avelino é nascida na Vila de São Jorge e conta que o Encontro de Culturas e o turismo na região cresceram juntos.

A moradora e presidente da Associação Comunitária da Vila de São Jorge conta que a região se formou com a vinda de garimpeiros para a mineração de cristais, mas sofreu esvaziamento após o fim do garimpo. “A gente não sabia nem o que era turismo, não tinha pousada, não tinha restaurante, não tinha nada e aí nós fomos orientados”, conta sobre o início.

Ela destaca que o Encontro gera renda não só para a vila, mas para as outras comunidades do entorno do Parque. “Quando eu entrei no mundo da cultura eu era uma pessoa muito tímida e hoje eu estou presidente aqui da Casa”.

Programação

Uma das atrações especiais deste ano é o poeta e músico Jairo Pereira. Multifacetado, com ele mesmo se descreve, o artista leva consigo elementos da sua ancestralidade além de vivências que marcaram a história deles. Apesar de ser a primeira vez se apresentando no Encontro, a relação de Jairo com o povo Kalunga, os anfitriões do evento, é de longa data. Em 2011, o artista foi para Cavalcante durante uma pesquisa sobre histórias dos mais velhos na região quilombola.

“Estar nesses lugares mágicos e fascinantes, sem dúvida nenhuma é um alimento, um combustível tão grande”, comemora. “Que lindo se todos os artistas pudessem ter a oportunidade, a coragem e a vontade de desbravar e absorver as culturas que estão aqui”.

Ao Correio, ele recitou um trecho das composições que apresenta no evento. Confira.

 

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postado em 22/07/2024 00:10 / atualizado em 22/07/2024 00:11
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