A 21ª edição do Capital Moto Week começa depois de amanhã, e o Correio acompanhou a reta final da montagem do complexo de 320 mil m² montado no Parque de Exposições da Granja do Torto e a chegada de motociclistas que vieram de várias regiões do país. Neste ano, a Cidade da Moto terá estética inspirada no conceito industrial, com contêineres marítimos e cenográficos na sua composição. Em 2023, o Capital Moto Week injetou mais de R$ 62 milhões na economia local. A expectativa para 2024 é manter essa proporção. O montante se refere aos valores gastos por turistas fora dos muros do festival em toda a cadeia do turismo, restaurantes, hotelaria, alimentação, transporte, entre outros.
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Diretamente do município de Victor Graefe (RS), a contadora Francine Elger veio pela primeira vez ao Capital Moto Week. O marido, Ismael Elger, também contador, veio em 2019 e quis trazê-la, mas não puderam retornar antes por conta da pandemia de covid-19. O casal chegou ontem a Brasília e estava em clima de celebração, aguardando o início do evento. "A gente se preparou muito para estar aqui. Meu marido fez muita propaganda, eu estava muito ansiosa, com a expectativa nas alturas", conta. "Pegamos a estrada junto com dois casais de amigos e aqui fomos muito bem recebidos pelo motoclube amigo de Brasília, o Asas do Cerrado", completa.
O evento também é uma oportunidade de celebrar a amizade entre motociclistas de diferentes locais do Brasil. O casal Lairton Hoffmann, técnico automotivo, e Ana Paula Carvalho, enfermeira, veio do município de Não-me-toque (RS) e também foi recebido pelo motoclube Asas do Cerrado. "Sempre acampamos juntos com eles e somos muito bem recebidos por aqui. O motociclista vive disso, de parceria, união e acolhimento", declara Lairton.
O técnico automotivo diz que programa as férias todo ano pensando no Capital Moto Week. "Gostamos de chegar com antecedência e aproveitar cada minuto. Gostamos mesmo é da estrada, tudo é motivo para viajar", avalia.
O terceiro casal que veio do Rio Grande do Sul partiu do município de Sapucaia do Sul. Sílvia e Juca Vargas são proprietários de uma oficina automotiva e compartilham a paixão pelas motos e pela estrada. "Somos um moto casal e batizamos nossa dupla de 'Sempre Juntos'", destaca Sílvia.
Motoclubes da capital também se preparam para mudar de endereço para a Cidade da Moto durante o evento. Gilson Bochecha esteve, ontem, no complexo para organizar a tenda do motoclube Medievais da Capital, que existe há cinco anos. "Desde que fundamos o clube, estamos aqui anualmente. É sagrado", salienta.
A preparação começa com um ano de antecedência, quando os motoclubes renovam a reserva dos espaços junto à organização do evento. "Para nós, a época de Capital Moto Week é tempo de união e celebração. É a oportunidade de confraternizar com motoclubes de vários lugares do Brasil. No nosso motoclube tem gente de Goiânia (GO) e de Uberlândia (MG). É a oportunidade de reencontrar todo mundo", celebra Gilson.
Desafios
Montar a estrutura do Capital Moto Week não é uma tarefa fácil. "Os obstáculos são inúmeros, mas fazem parte do processo. Colocar de pé um festival dessa proporção e magnitude é realmente uma grande tarefa", afirma o CEO do Capital Moto Week, Pedro Franco.
O executivo destaca que a gestão do cronograma, com os mais de 400 fornecedores e 17 mil colaboradores diretos e indiretos, é o maior desafio. A preparação da estrutura para centenas de milhares de visitantes exige coordenação meticulosa e antecipação de imprevistos. Planos de contingência são fundamentais para garantir o bem-estar e o conforto do público em todas as etapas do festival. "A montagem é quase um jogo de xadrez. Cada passo tem que ser cuidadosamente pensado e dado no momento correto", explica Franco.
Para levantar a Cidade da Moto, a sequência começa com a instalação de bases hidráulicas e elétricas, seguida por piso, módulos, coberturas, estruturas metálicas e, por fim, a cenografia, que proporciona a imersão característica do festival. "Os desafios fazem parte do processo e, por isso, ensaiamos e planejamos com muito cuidado e antecedência, visando executar cada etapa conforme previsto e entregar a melhor experiência para todos os participantes", destaca o CEO.
Novidades
Uma das principais novidades é para quem deseja acampar no festival. Alternativa ao camping gratuito e ao já conhecido Camping Ville, o Camping Ville Outdoor conta com acomodações mais confortáveis e mais equipadas. O espaço dispõe de 64 barracas para duas pessoas completamente montadas. A acomodação inclui lençóis, fronhas, travesseiros e colchões infláveis, com banheiro privativo, fontes de energia elétrica e iluminação.
Outra mudança em 2024 é a reformulação do Moto Kids, espaço voltado para as crianças. A cenografia terá uma elevação, e os brinquedos (radicais ou não) para as crianças pequenas e grandes serão patrocinados. "Nossos parceiros comerciais viabilizam essas experiências para o público e as disponibilizam de forma gratuita, que é o interessante", diz. Estarão disponíveis atrações como roda-gigante, globo da morte, luta livre, booster e torre. Além de um parque de infláveis, o espaço vai receber a feira BSB Mix, com empreendedores locais. Para os aventureiros, a arena de shows contará com a tirolesa e o Bungee Jump que garantirão uma adrenalina extra.
Saiba Mais
CAPITAL MOTO WEEK - Serviço
Quando: 18 a 27/07/2024
Onde: Parque Granja do Torto | Brasília (DF)
Programação musical:
Quinta-feira (18/7)
Amanita Muscária (20h); Querela (21h45) e Raimundos (23h45)
Sexta-feira (19/7)
Cezar Degraf (19h30); Electric Mob (21h10) e CPM 22 (23h10)
Sábado (20/7)
Bartô Blues (20h); Distintos Filhos (21h45) e Humberto Gessinger (23h45)
Domingo (21/7)
Medjay (17h30); MOFO (18h45); Massacration (20h) e Sepultura (22h)
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