A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Divisão de Repressão e Sequestro (DRS), prendeu um dos homens envolvidos no sequestro de um idoso, de 62 anos. O crime ocorreu em julho do ano passado e, na ocasião, a vítima foi mantida em cárcere por quatro dias, agredido e extorquido.
Outros dois homens e uma mulher estão presos e já foram condenados pela Justiça com uma pena que somada chega a 100 anos de prisão por extorsão mediante sequestro, extorsão, tortura e lavagem de dinheiro. Uma quarta pessoa também recebeu pena por receptação. Esse outro envolvido preso recentemente foi detido em Samambaia.
Crime
De acordo com as investigações coordenadas à época pela DRS, o idoso foi atraído para uma emboscada em 24 de julho de 2023 no Guará 2. Naquele dia, a vítima se encontraria com um dos réus, Paulo Ferreira Gois, mas não retornou para casa. O encontro seria um artifício criado pelos acusados para cobrar o idoso de uma dívida existente entre ele e outra envolvida no esquema, identificada como Janaína Carvalho Rodrigues.
O idoso foi abordado por outros quatro criminosos que estavam em um carro branco e levado para um cativeiro em local ainda desconhecido pela polícia. No local, a vítima permaneceu com os olhos vendados e sendo constantemente espancada com o intuito de forçá-lo a pedir para a família que pagasse o resgate. Contato esse que só foi feito em 25 de julho.
Com essa impossibilidade de transferência, nos dias que se seguiram, os autores utilizaram o cartão da vítima para efetuar compras e transferências bancárias, continuando com as agressões. A família informou o sequestro para a polícia em 26 de julho. Até que, na manhã do dia seguinte, os sequestradores fizeram um acordo com o comerciante, que se dispôs a ir a uma agência bancária em Ceilândia acompanhado de dois autores para realizar uma transferência de uma grande soma de dinheiro.
Após a operação bancária, dois sequestradores — sendo um deles o que o atraiu para a emboscada — e a vítima foram em direção a Unaí com o objetivo de continuar com o idoso em cativeiro e para procurar atendimento médico para o comerciante devido às lesões sofridas pelos espancamentos.
Os criminosos alegaram que a vítima foi levada ao cativeiro porque havia um desacerto entre ela e algumas pessoas que negociam veículos. A vítima foi liberada após a transferência. Os presos, Paulo Gois e Antônio Chaves, foram condenados a 38 anos e 29 anos de prisão, respectivamente, em regime inicial fechado. A mulher, Janaína Carvalho, recebeu uma pena de 29 anos e estava solta, mas a Justiça decretou a prisão, pois ficou comprovada a autoria dela quanto aos fatos apurados. A juíza negou aos sentenciados o direito de recorrer em liberdade.
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