Aline Ferreira, influencer brasiliense que morreu na terça-feira (2/7) após um procedimento estético nos glúteos, em nenhum momento foi informada a respeito sobre formação acadêmica de Grazielly nem dos riscos que a intervenção traria. Segundo a delegada-adjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), Débora Melo, em coletiva de imprensa nessa quinta-feira (4/7), "Pelo contrário, a testemunha contou que a autuada garantiu ser algo tranquilo, simples e que tinha feito em outras pacientes"
Ainda de acordo com a delegada, a falsa biomédica não fazia questão de submeter os pacientes a uma avaliação prévia. Os interessados nos procedimentos faziam a intervenção estética e eram liberados. Além de não ter sido encontrado qualquer tipo de prontuário na clínica.
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Além disso, apesar de Grazielly se intitular como biomédica, segundo seu depoimento, ela cursou apenas três períodos de medicina em uma faculdade do Paraguai e cursos livres na área da estética. A delegada também ressaltou que mesmo se Grazielly fosse, de fato, biomédica, não poderia realizar o procedimento, "uma vez que a função só pode ser feita por um médico”, afirmou a delegada.
Grazielly foi presa nessa quarta-feira (3/7) e responderá pelos crimes de exercício ilegal da profissão, execução de serviço de alta periculosidade e indução do consumidor ao erro.
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