SEGURANÇA

Saiba como escolher a brinquedotecas adequadas para crianças

Espaços recreativos infantis têm ampliado cuidados com a segurança para o conforto dos pequenos e tranquilidade dos pais

A avó Juciene Diel com a pequena Julia Neri: momento de muita diversão e descontração -  (crédito: Davi Cruz/CB/DAPress)
A avó Juciene Diel com a pequena Julia Neri: momento de muita diversão e descontração - (crédito: Davi Cruz/CB/DAPress)

Bares, shoppings e restaurantes do DF têm apostado no serviço de brinquedoteca para que pais e mães fiquem mais à vontade nos estabelecimentos. A reportagem do Correio conversou com a Associação Brasileira de Brinquedoteca (ABBri), que explicou a importância dos responsáveis observarem pontos como a segurança, os brinquedos, o monitoramento, o tamanho e as condições do espaço, na hora de escolher uma área infantil adequada para os filhos. 

Segundo a ABBri, é necessário que o profissional responsável pela diversão da área recreativa tenha conhecimentos aprofundados acerca do desenvolvimento infantil. O brinquedista, como é chamado o monitor do espaço, precisa oferecer recursos lúdicos adequados para a idade das crianças atendidas, desde o bebê até ao adolescente.

A área destinada para as crianças também é um dos pontos principais a ser observado pelos pais. De acordo com a diretora da ABBri, Daniela Tavares, o tamanho adequado sugerido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 1,2m² para cada criança em condições de exercer atividades recreativas/lazer. Além disso, o local deve oferecer condições básicas como banheiros e água fria no ambiente.

No que diz respeito ao número de profissionais por criança, a diretora da instituição afirma que o espaço pode seguir o que está descrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). "Para uma brinquedoteca escolar ou comum, com crianças que não necessitam de atenção especial e na mesma faixa etária, um brinquedista pode atender uma quantidade maior", destaca.

Segundo as normas, a organização da área kids deve ser feita com objetivo de proporcionar brincadeiras livres e espontâneas as crianças. Segundo a ABBri, essas medidas contribuem diretamente para um desenvolvimento sadio em todos os aspectos como físico, sócio afetivo e intelectual.

A diversão deve ser mediada por brinquedos diversificados, músicas e cantigas, histórias e atividades de artes plásticas. Dessa forma, os brinquedistas podem ser pedagogos, psicólogos, arte-educadores, artistas plásticos, músicos, entre outros profissionais habilitados a lidar com a infância e a promover a criatividade e a autonomia das crianças.

Para criação de espaços recreativos, as regras seguem os mesmos moldes da abertura de uma empresa. Os interessados poderão se cadastrar como microempreendedor ou como microempresa. Em ambos os casos, recomenda-se adotar a classificação no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas): 9329-8/99 - Atividades de recreação e lazer.

A consultora de gestão estratégica, Taynah Brandão, 34 anos, é mãe de três filhos e conta que verifica com cautela a brinquedoteca antes de liberar a diversão das crianças. "Primeiro olhamos se a área é aberta ou fechada, porque precisamos ter mais atenção, caso o local seja aberto. Observamos também, se os brinquedos são seguros, se o espaço é limpo e se há algum monitor para elas", ressalta.

Taynah conta que a brinquedoteca tem que oferecer todos os cuidados para ela se sentir tranquila com os filhos. "Segurança nos brinquedos, segurança no controle de entrada e saída das crianças e boa higienização", afirma. Após essa certificação a mãe do Heitor, do Estevão e do Isaac aproveita para comer com calma. "É muito bom saber que vamos aproveitar o momento de forma leve e que no momento certo, elas estarão conosco à mesa também.

O professor de educação física, Paulo César, 38, conta os principais aspectos que procura para autorizar a filha brincar nas áreas de recreação. "Priorizo saber se é seguro, se os brinquedos têm qualidade, o valor e a flexibilidade de entrada e saída da crianças", afirma.

Gerente da SimSalabim, Alexia Nascimento enfatiza como é feita a seleção de novos funcionários do espaço kids. "Quando contratamos as pessoas levamos isso muito a sério e escolhemos aqueles que têm respeito e amor por crianças. Afinal, não é somente uma criança, mas um ser humano que em desenvolvimento, que precisa de atenção, precisa ser ouvido e respeitado", diz. Segundo ela, muitas crianças choram porque não querem ir embora do local e, sim, desejam ficar mais.

Alexia destaca que a SimSalabim realiza muitos procedimentos para segurança das crianças, como não utilizar brinquedos perigosos e a realização de cadastros individuais dos pequenos. Outra medida de segurança é a presença constante de recreadores no espaço kids. "É muito importante para nós ter um adulto ali que possa brincar com a criança, mas também que possa cuidar dela para ela não se machucar", enfatiza Alexia.

Juciene Diel, 59 anos, gaúcha, radicada em Brasília, é avó da pequena Julia Neri, 2, e conta que leva a netinha para brincar sempre, porque aproveita para cair na diversão. "Ela se diverte muito com as outras crianças. Mesmo com a gritaria e agitação das crianças, gosto de levá-la para se entreter, pois acabo brincando e me divertindo junto", conta Diel.

A brinquedoteca do Primeiro bar foi inaugurada há oito anos e, segundo Thales Furtado, sócio da empresa, surgiu como um diferencial da casa. "Muitos clientes que queriam sair e não tinham onde deixar os filhos conseguiriam levá-los consigo e poderiam ficar mais tempo sem se preocupar tanto com eles.

O empresário destaca alguns pontos de segurança que o espaço dispõe. "Temos piso emborrachado, brinquedos com toda segurança sem perigo de machucá-las e monitoras para ajudar e acompanhar os filhos dos clientes", afirma. Segundo Thales, a responsabilidade e o zelo são de extrema importância. "Cuidamos de pessoas o tempo todo e é uma alegria poder cuidar das crianças também", relata.

 

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postado em 05/07/2024 06:00
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