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Investigação

Quadrilha de empresários do SIA aplica golpes e ameaça gamers de morte

Grupo se dividia em tarefas para enganar gamers e ganhar dinheiro. Ao menos 50 pessoas foram vítimas da quadrilha

Criminosos ameaçavam vítimas -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Criminosos ameaçavam vítimas - (crédito: PCDF/Divulgação)

Um articulado esquema com ameaças de morte, extorsão e estelionato foi desbaratado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no âmbito da operação Reset. Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (3/7), investigadores da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) cumprem sete mandados de prisão e de busca e apreensão em quatro cidades da capital. 

A organização criminosa era composta por oito empresários de uma loja de games, no Setor de Indústria e Abastecimento. Juntos, os golpistas montaram uma estrutura para aplicar golpes e extorquir pessoas que anunciavam a venda de vídeo games na internet e fizeram ao menos 50 vítimas. Em um primeiro momento, parte do grupo ficava responsável por identificar potenciais vítimas. Posteriormente, as informações eram repassadas para outra parte da quadrilha, encarregada de ir até a residência do vendedor, recolher o produto e efetuar o pagamento.

Mas o golpe ainda estava por vir. De posse do produto, os criminosos faziam um novo contato com a vítima e alegavam que o videogame estava com defeitos. Para convencê-las sobre os erros, enviavam vídeos e fotos de peças velhas e danificadas de outro aparelho e, assim, exigiam a transferência de dinheiro para consertá-lo. Segundo a PCDF, essa exigência persistia até que o grupo recuperasse todo o valor investido.

Ameaças de morte

Ao perceber que havia caído em um golpe, a vítima se recusava a pagar e era a partir daí que os criminosos estreitavam o modo de agir. De forma violenta, ameaçava as pessoas de morte e chegavam a enviar vídeos exibindo armas de fogo ou filmagens que mostravam a própria residência da vítima, revelaram as investigações. 

Com o videogame em mãos e o dinheiro recuperado, uma terceira parte do grupo entrava em cena. Donos de falsas lojas virtuais e de algumas bancas localizadas na Feira dos Importados do SIA, os criminosos revendiam o produto adquirido ilicitamente. Parte do lucro dessa venda era então repassada para os membros que atuavam nas fases anteriores do crime.

As ordens judiciais são cumpridas no SIA, no Guará, Lúcio Costa, Vicente Pires e Samambaia. Os autores vão responder por extorsão, estelionato e organização criminosa, com pena que pode chegar a 31 anos de prisão.

 

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postado em 04/07/2024 06:13 / atualizado em 04/07/2024 07:10
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