Investigação

PMs que prenderam assassinos perto do Aeroporto são seguranças de Zema

O homicídio ocorreu em plena luz do dia e foi presenciado pelos quatro PMs, que conseguiram alcançar e prender os suspeitos

Homicídio próximo ao aeroporto mobiliza policiais e bombeiros nesta terça-feira (2/7). -  (crédito: Minervino Júnior)
Homicídio próximo ao aeroporto mobiliza policiais e bombeiros nesta terça-feira (2/7). - (crédito: Minervino Júnior)

Os policiais militares de Minas Gerais responsáveis pela interceptação dos dois criminosos acusados de assassinar um jovem próximo ao Aeroporto de Brasília são seguranças pessoais do governador de MG, Romeu Zema (Novo), e estavam no DF a trabalho, segundo informações obtidas pelo Correio. O homicídio foi presenciado pelos quatro PMs, que conseguiram alcançar e prender os suspeitos. 

Audaciosos, os executores agiram em plena luz do dia, na tarde desta terça-feira (2/7). A vítima, João Henrique Moreira Bastos, 28 anos, saiu do trabalho, na empresa de aluguel de carros, e foi para a parada de ônibus, a poucos metros de distância. Segundos após chegar ao ponto, dois homens em uma moto, identificados pela polícia pelos nomes de Paulo Henrique Alves dos Santos e Almir Ferreira dos Santos, se aproximaram e efetuaram ao menos oito disparos contra João. 

Os quatro policiais de MG estavam à paisana e em duas viaturas descaracterizadas no momento do ocorrido e decidiram render a dupla. Na fuga, os PMs deram ordem de parada aos criminosos, mas sem sucesso. Segundo as investigações, Paulo apontou a arma em direção à equipe, que revidou e atirou contra o suspeito. Ele foi atingido com um tiro no pé e foi socorrido posteriormente pelos bombeiros. Almir, por sua vez, foi preso em flagrante e levado à 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), unidade que investiga o caso. 

Motivação

Em depoimento, Almir confessou o crime. “Disse que há sete anos a vítima havia matado o irmão dele na Bahia e, por isso, decidiu se vingar, segundo a versão do autor”, afirmou o delegado-chefe da 10ª DP, Anderson Espíndola. 

Os detalhes do homicídio cometido pela vítima não foram repassados. Segundo o delegado, os dois autores acumulam antecedentes criminais. João não tem passagens no DF, mas na Justiça de Goiás ostenta passagens por tráfico de drogas e receptação. “Os dois (criminosos) vão responder por homicídio qualificado”, finalizou.


 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 02/07/2024 23:05 / atualizado em 02/07/2024 23:10
x