ENTREVISTA

Participação social ajuda a reduzir a violência

Ao CB.Poder, o delegado de polícia federal e secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, destacou os motivos que levaram Brasília ao posto de segunda capital mais segura do país

Brasília aparece como a segunda capital mais segura do país, de acordo com o levantamento do Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os motivos para o DF ter alcançado essa posição foram destacados pelo delegado de polícia federal e secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, durante o programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta segunda-feira (24/6). Às jornalistas Adriana Bernardes e Mariana Niederauer, o gestor também comentou sobre a importância de registrar os boletins de ocorrência.

Patury apontou que desde 2012 a violência tem caído de forma consistente e, nesses anos, os crimes diminuíram cerca de 70%, principalmente os homicídios. “A integração entre as forças de segurança resolveu bastante e a integralidade, que é um conceito que temos usado, também. A integralidade consiste justamente nessa participação social que tem feito grande diferença, principalmente nos últimos dois anos, seja com a participação da imprensa, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público e secretarias”, destacou

Outro ponto levantado pelo gestor que também ajuda a manter o DF mais seguro é o trabalho da Polícia Militar do DF (PMDF) e da Polícia Civil do DF (PCDF), que, apesar do quantitativo e da diminuição do efetivo nos últimos anos, têm se superado. “Sem contar a tecnologia empregada e o Corpo de Bombeiros", destacou.

O delegado de polícia federal ressaltou a importância de registrar os boletins de ocorrência para combater crimes como furtos e roubos. “Quando a pessoa é roubada ou furtada e não registra o B.O., essa informação fica oculta para o estado. Então, como vamos empregar viaturas e nosso policiamento se temos uma informação descompassada com a realidade?”, explicou.

Esse descrédito em relação aos registros das ocorrências pode estar ligado a questões culturais, de acordo com Patury. “Se você não registra, a criminalidade continua atuando e os crimes continuam ocorrendo. Precisamos quebrar esse padrão”, finalizou.

Veja a entrevista na íntegra

*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho



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