Condenado por tentar explodir uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília na véspera de Natal de 2022, Alan Diego dos Santos Rodrigues, poderá ingressar no regime aberto a partir de 3 de julho. Alan deseja cumprir o restante da pena em Mato Grosso, mas isso dependerá de uma avaliação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Alan foi preso em janeiro de 2023, após se entregar à polícia em sua cidade natal, Comodoro (MT). Transferido para Brasília, cumpriu pena em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda e, desde novembro do ano passado, ingressou no semiaberto e executa trabalho externo.
O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) André Ferreira de Brito solicitou, nessa sexta-feira (21/6), que Moraes se manifeste sobre possíveis impedimentos para a transferência de Alan, devido à investigação sigilosa que tramita no STF. O pedido de transferência é apoiado por manifestação do Ministério Público.
O Correio obteve uma manifestação do secretário-adjunto da Administração Penitenciária de Mato Grosso, que informou que há uma vaga disponível no sistema prisional da Cadeia Pública de Comodoro. O flerte de Alan por retornar à cidade natal é antigo e corre na Justiça desde setembro do ano passado.
Processo
Paralelamente, Alan Diego, Wellington Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Sousa, envolvidos no caso da tentativa de explosão do Aeroporto de Brasília, poderão ser julgados pelo STF. Em 29 de maio, parte do inquérito policial começou a tramitar no Supremo. Segundo Moraes, o caso está conectado a outras investigações analisadas pela Corte.
A defesa do blogueiro recorreu solicitando que o julgamento fosse transferido para a Justiça Federal. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu na última terça-feira (18/6) que o recurso não fosse acolhido. Todos os integrantes principais da trama de tentar explodir o caminhão-tanque estão na Papuda.
Inicialmente, George foi condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão em regime inicial fechado, além de 280 dias-multa, por decisão da 8ª Vara Criminal de Brasília. Mas, em março deste ano, a 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) ampliou a condenação para 9 anos e 8 meses de prisão. Ele foi colocado no regime semiaberto recentemente.