JULGAMENTO

Justiça absolve policial civil acusada de matar sargento da PMDF

Caso ocorreu em fevereiro de 2016, dentro do apartamento do casal, no Sudoeste. A maioria dos jurados acolheram o pedido da defesa da policial civil

Os jurados do Tribunal do Júri de Brasília absolveram a agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Mirtes Gomes Amaro da acusação de matar Daniel Quezado Amaro, em fevereiro de 2016, dentro do apartamento do casal, no Sudoeste.

Mirtes respondia pela morte do marido, que era sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A policial era ré após denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em julho de 2017.

Os jurados, por maioria, reconheceram que houve crime, mas não apontaram a agente como a autora do delito. Com isso, a juíza Maria Rita Teizen, acolhendo a decisão do Conselho de Sentença, absolveu a ré.

Na tese apresentada pela defesa de Mirtes, Quezado tirou a própria vida. O MPDFT informou ao Correio que recorreu da decisão na manhã desta sexta-feira (21/6). 

O caso

Na noite de 24 de fevereiro de 2016, o sargento da Polícia Militar Daniel Quezado Amaro foi baleado em casa, um apartamento no Sudoeste. A arma do crime foi a do próprio sargento. O vizinho, também da PM, ouviu o disparo e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A morte foi considerada suicídio, inicialmente, após depoimento da mulher, a única testemunha presente no momento do crime. Mirtes e Quezado estavam juntos há mais de 25 anos e tinham um filho.

Um laudo de exame de corpo de delito produzido pelo Instituto de Medicina Legal (IML) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) mostrou que o militar tinha um ferimento na palma da mão direita, produzido pela ação de ferrolho na pistola (mecanismo que serve para carregar a arma).

O resultado revelou, à época, que a bala fez um trajeto de cima para baixo e, discretamente, da esquerda para a direita, enquanto os familiares afirmavam que Quezado era destro.

No entanto, o laudo do exame do corpo de delito, realizado pelo Instituto de Medicina Legal (IML), vai contra o depoimento.

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